“Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço.” — JOÃO (1 João, 2.10)
1 Esfalfamo-nos na Terra a fazer testes de inteligência para ganhar inteligência, e, sem dúvida, precisamos todos de agilidade mental para a destreza de raciocínio e firmeza de decisão.
2 Entretanto, não basta a inteligência, só por si, para orientar com absoluta segurança os roteiros da vida.
Senão, vejamos.
3 Quase sempre sabemos: entesourar conhecimento intelectual, mas ignoramos ainda como utilizá-lo para evitar a guerra uns com os outros; 4 acumular o dinheiro, mas muito raramente aprendemos como empregá-lo na construção da própria felicidade e da felicidade dos semelhantes; 5 inventar os mais variados processos de reconforto em benefício do corpo transitório, mas desconhecemos ainda como prover as necessidades de nossas almas eternas; 6 legislar com eficiência nas atividades visíveis do mundo, mas ignoramos como preservar a tranquilidade de consciência, conquanto já conheçamos a generalidade dos princípios morais que nos regem; 7 cultivar grandes afeições, até mesmo com testemunhos heroicos de sacrifício, mas não sabemos ainda como traçar-lhes o equilíbrio justo para que não se convertam em desarmonia e paixão.
8 Em suma, estamos em condições de preparar o futuro para todas as garantias no Plano físico, mas habitualmente descuidamo-nos de nossos interesses na imortalidade que é patrimônio inalienável de cada um.
9 Em razão disso, muitas vezes damos na Terra estranhos espetáculos de genialidade e delinquência, cultura e degradação.
10 É que apenas a inteligência não basta à felicidade. A alegria de viver pede, acima de tudo, a luz do entendimento e a bênção do amor.
Emmanuel
Reformador, fevereiro 1968, p. 26.