O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Bênção de paz — Emmanuel


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No reino da alma

“Por este motivo te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti, pela imposição de minhas mãos.” — PAULO (II Timóteo, 1.6)


1 Numerosos os companheiros que pagam ou reclamam concurso alheio para que se lhes desenvolvam determinadas qualidades espirituais. Ginásticas, regimes dietéticos, penitências, austeridades místicas…

2 Sem dúvida, semelhantes processos de educação do corpo e da mente valem por precioso concurso ao despertamento da vida interior, sempre que empregados de intenção e pensamento voltados para os interesses superiores do Espírito. Mas não bastam.

3 A palavra do Evangelho, através do apóstolo Paulo, é suficientemente esclarecedora. Ele se reporta à colaboração dos passes magnéticos, ministrados por ele mesmo, em favor do discípulo; entretanto, não o exonera da obrigação de acordar, em si e por si próprio, os talentos de que é portador.

4 O convívio com um amigo da altura moral do convertido de Damasco, as preces e ensinamentos do lar, os apelos doutrinários e o amparo externo constantemente recebido não desligavam Timóteo do dever de estudar e aprender, trabalhar e servir, a fim de burilar os seus dons de alma e acioná-los na construção da própria felicidade pela extensão do bem.


5 Pensemos nisso e saibamos receber reconhecidamente os auxílios que a bondade alheia nos proporcione, aproveitando-os em nosso benefício, mas lembrando sempre que o autoaperfeiçoamento, para que a luz do Senhor se nos retrate no coração e na vida, será resultado de esforço nosso, ação individual de que não poderemos fugir.


Emmanuel



(Reformador, maio 1965, página 98)


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