1 Foste o conquistador que o povo ergueu por mito,
Buscando homens cruéis nas mais remotas landas…
Onde passas é a morte e o sangue que tresandas,
Dos conflitos da Grécia às batalhas do Egito…
2 Espalhas o terror na força de teu grito,
Endossas a chacina, incendeias, comandas…
Improvisas o horror de sinistras demandas,
Mas a febre na morte é teu último atrito.
3 Hoje encontrei-te ao fim do segundo milênio,
Já não és o Guerreiro, o Ditador e o Gênio,
E, sim, cego a esmolar em úlceras sem vê-las…
4 Agradece, porém, a dor em que te esmagas.
Um dia, subirás de tuas próprias chagas,
Ao teu reino de Paz, ante a luz das estrelas!…
Epiphanio Leite
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