Leitura no culto do Evangelho: “Jesus na Casa de Zaqueu” — Lucas, XIX. 1 a 10.
1 Deter-nos-emos, em nossa ligeira reunião, tão somente no assunto de vossos comentários, em nossa intimidade familiar.
2 Por que permitiria o Senhor que a Ciência na Terra se decida, com tanto empenho, no estudo e na execução do transplante de órgãos e membros do corpo humano?
3 Notemos que a iniciativa se fundamenta em motivos respeitáveis. Isso vem lembrar a cada um de vós outros o tesouro do envoltório físico que não menosprezamos sem dano grave.
Senão vejamos.
4 Tendes hoje máquinas avançadas para a confecção dos mais singelos serviços, no entanto, quem se lembraria de vender um braço, a pretexto de possuir engenhos para a solução de necessidades essenciais?
5 Dispondes de carros velozes para o trânsito perfeito em terra, mar e ar, contudo, por guardardes semelhantes utilidades não colocaríeis um pé no mercado de oferta e procura.
6 Vossos aparelhos de observação alcançam o firmamento e vasculham as mais obscuras paisagens do microcosmo, entretanto, isso não é razão para tabelardes o preço de um dos olhos para quem aspire a comprá-lo.
7 Conseguistes laboratórios eficientes, nos quais a perquirição atinge verdadeiros prodígios, todavia, por essa razão, não cederíeis por dinheiro um dos vossos rins, os admiráveis laboratórios de filtragem que vos garantem a saúde.
8 Vêde, pois, filhos, que todos sois Zaqueus, diante da vida, todos sois milionários da oportunidade e do serviço, no abençoado corpo que vos permite sentir, pensar, agir, trabalhar, construir e sublimar na Causa do Bem Eterno.
9 Basta aceiteis o impositivo da ação edificante e adquirireis empréstimos sempre maiores na Organização Universal dos Créditos Divinos. 10 De todos os recursos, porém, que vos são confiados, o corpo físico é o mais importante deles, por definir-se como sendo o refúgio em que obtemos no mundo o valioso ensejo de progredir e aperfeiçoar a nós mesmos, na esfera da experiência.
11 Zaqueus da Terra, todos ricos de tempo e de instrumentos do bem, para a evolução e melhoria constantes, aprendamos a servir para merecer e merecer para servir cada vez mais.
Bezerra
(De mensagem recebida em 8.06.1968.)
[Essa mensagem foi publicada originalmente em julho de 1971 pelo IDE e encontra-se na 2ª lição do
livro “Entrevistas.”]