1 Incorporando-se ao trabalho que nos foi concedido, Hilário, desde o princípio da tarefa, compreendeu o imperativo de renovação, portas a dentro de nossa atividade espiritual.
2 Observou que a Doutrina Espírita, alcançando a mente popular, exige novas formas de pensamento para a transformação justa da vida.
3 Reconheceu que, sem ideias claras, os hábitos não se regeneram e as atitudes não se definem.
4 Percebeu que muita gente, em contato com a verdade, liberta a cabeça de prejuízos e preconceitos, continuando, porém, com os pés algemados a ilusões e convenções.
5 Entendeu que a maioria tem dificuldades para a leitura digerida dos volumes especializados.
6 Reparou que muitos companheiros rogam orientação, à maneira de doentes que possuem receitas seguras no bolso, mas se esquivam ao remédio por falta de tempo.
7 Anotou o imperativo de se veicularem os nossos princípios, através das mais diversas vias de leitura e conhecimento, ao alcance do povo.
8 E idealizou a produção de páginas ligeiras, em que a informação do Plano Espiritual pudesse chegar com facilidade ao entendimento comum.
9 Munindo-se, desse modo, de conclusões e anotações, valeu-se das faculdades de dois médiuns amigos n e grafou o livro que nos apresenta de coração para coração.
10 Constituída de retalhos do cotidiano, aqui temos, assim, a sua mensagem simples e fraterna, convidando-nos a pensar.
Entregando-a, pois, aos irmãos de ideal e de luta, pedimos ao Divino Mestre abençoe o novo servidor para que se enriqueça de paz e trabalho, em sua leira de luz.
Emmanuel
Uberaba, 2 de fevereiro de 1960.
(Médium: Francisco Cândido Xavier.)
[1] A convite do Espírito de Hilário Silva, os médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier receberam respectivamente a primeira e a segunda parte deste livro.