1 Repara, além das rosas do teu horto,
Onde a luz do teu sonho brilha e mora,
Os romeiros que seguem, vida a fora,
Padecendo aflição e desconforto.
2 Infortunados náufragos sem porto,
Tristes, rogando a paz de nova aurora,
Levam consigo a dor que clama e chora
Sob as chagas do peito quase morto…
3 Não te detenhas!… Vem, socorre e ajuda
A multidão que passa, inquieta e muda,
Implorando-te amor, consolo e abrigo!
4 Reparte o pão que te enriquece a mesa,
Estendendo o teu horto de beleza,
E o Mestre Amado habitará contigo.
Auta de Souza
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