1 Repara a fonte diligente e boa
Escravizada ao solo em que destila,
Acolhendo, a cantar, doce e tranquila,
A saliva do charco que a magoa.
2 Envolvente e translúcida coroa
Que afaga e nutre o coração de argila
Passa ajudando ao chão em que se asila,
Tanto mais pura, quanto mais perdoa…
3 Como a fonte que olvida toda ofensa,
Abraça na bondade a luz imensa
Que te guarda, no mundo, a alma sincera.
4 E, estendendo o perdão por onde fores,
Encontrarás na cruz das próprias dores
A Alegria Divina que te espera…
Auta de Souza
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