1 Não menosprezes quem te bate à porta…
Contempla a segurança de teu ninho
E repara, lá fora, o torvelinho
Da miséria que punge e desconforta.
2 Fome… Frio… Viuvez… Pranto escarninho…
Não respondas dizendo “que me importa?”.
Traze à dor da esperança quase morta
Um caldo… um pão… e um gesto de carinho…
3 Uma gota de leite… um trapo… um bolo…
Isso é muito a quem sofre sem consolo,
No vale onde a aflição ruge e domina…
4 E a migalha que deres a quem chora,
Um dia, ao Sol do Amor, na Eterna Aurora,
Será teu prêmio na Mansão Divina.
Auta de Souza
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