1 Meu amigo.
Se você pretende cooperar no apostolado da revelação, materializando os benfeitores do Plano Espiritual no caminho dos homens, desmaterialize a própria vida, para que as suas forças se divinizem, auxiliando com eficiência a obra redentora do Mais Alto, em benefício da humanidade.
2 Reajuste os seus hábitos e santifique as suas manifestações de sentimento e pensamento, adaptando-se, quanto possível, ao padrão de vida mais alta que o ministério dessa natureza reclama, em toda parte.
3 Em assembleias dessa ordem, cada visitante ou assistente irradia as ondas vitais com cuja intimidade se colocam.
4 O frasco de perfume esparge o aroma sublime de seu conteúdo.
5 O vaso de detritos fornece as emanações desagradáveis que lhe correspondem.
6 Outra não é a situação de cada companheiro na reunião que se disponha a receber as demonstrações sagradas do Plano Superior.
7 Se você aspira a subida para conviver com a luz, não se negue ao esforço de abandonar o vale de sombras em que o seu coração vem respirando até agora.
8 Melhore tudo dentro de você, para que tudo melhore ao redor de seus passos.
9 Lembre-se de que as dificuldades impostas ao nosso roteiro pelos outros, não devem ser a norma de vida para nós.
10 É imprescindível a renovação nossa, para acompanharmos o voo deslumbrante dos Espíritos que se renovam e evoluem.
11 Há pequeninos prazeres que, à maneira dos micróbios violentos ou perseverantes que nos desintegram o envoltório físico, nos intoxicam a alma e lhe destroem as mais santas esperanças.
12 Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a Eternidade por meta sublime.
13 Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los, constantemente. 14 Nossas atitudes e deliberações, costumes e emoções, criam cargas elétricas de variadas expressões.
15 O uso da carne estabelece raios embrutecentes.
16 O uso do álcool forma elementos intoxicantes.
17 O uso do fumo arremessa raios venenosos.
18 A cólera forma nuvens de princípios destruidores.
19 A maldade projeta dardos de treva.
20 O ciúme é uma tempestade interior.
21 A inveja é atmosfera enregelante.
22 O egoísmo é casulo de sombra.
23 A conversação indigna é pasto às entidades viciosas.
24 A queixa é tradução de ociosidade.
25 O abuso é sempre inclinação da alma ou queda do sentimento no precipício.
26 Se você deseja, assim, auxiliar a materialização dos Espíritos elevados, traga aos Mensageiros do Senhor a água viva da paz,
a bênção da fraternidade,
o tesouro do entendimento,
o concurso da dedicação,
o dom da alegria,
a beleza do otimismo,
o calor da fé,
a claridade da esperança,
a luz da cooperação,
a segurança da pontualidade,
os eflúvios do carinho
e, sobretudo, a fonte aberta da caridade que é Amor Divino, compreendendo, auxiliando, esclarecendo e levantando, em todas as ocasiões.
27 Sem esses títulos, o seu propósito de colaborar será, talvez, curiosidade doentia ou improdutiva que não rende senão espinhos na lavoura do Pomicultor Celeste.
28 Lembre-se da finalidade, antes do fenômeno, do chamamento do Alto acima das preocupações puramente terrestres.
29 A Obra de Jesus pede amor e colaboração, bondade e devotamento.
30 Se pudermos trazer ao Apostolado do Evangelho semelhantes bens, avancemos, confiantes e alegres para o trabalho em Cristo, mas, se nosso coração ainda está paralítico no velho catre da discórdia e do personalismo inferior, abstenhamo-nos de perturbar a movimentação dos semeadores do Infinito Bem, a fim de que não nos convertamos em pedras de tropeço na jornada de nossos irmãos para Deus.
André Luiz
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original, que era apenas pequena parte da mensagem completa publicada em 1988 pela editora IDEAL na 16ª lição do
livro “A Verdade Responde.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.