1 A beneficência possui uma lista de pequeninas grandes dádivas, dentre as quais mencionamos algumas que não nos será lícito esquecer:
2 o auxílio, mesmo diminuto, nas tarefas socorristas;
3 algumas horas de trabalho espontâneo e gratuito, na execução das boas obras;
4 uma frase de esperança, um gesto de otimismo;
5 o silêncio, perante qualquer toque de agressão;
6 ouvir perguntas infelizes com paciência;
7 aceitar os amigos, como são, sem exigir que nos sigam em nosso modo de ser;
8 honrar os adversários com respeitoso apreço;
9 calar-se para que outros falem;
10 prestar serviço sem aguardar atenções;
11 oferecer alguns minutos de reconforto aos doentes;
12 considerar a importância dos impulsos construtivos que comecem a surgir nos principiantes da fé;
13 esquecer boatos alarmantes;
14 algum ato de renúncia, em benefício da paz alheia;
15 apequenar-se para que outros se destaquem;
16 um sorriso amigo que dissipe as nuvens da hora difícil;
17 rearticular essa ou aquela informação, sempre que preciso, sem perder o espírito de gentileza;
18 exercer tolerância e afabilidade, dentro de casa, na mesma disposição com que se guarda semelhantes qualidades nos encontros sociais;
19 repetir as palavras “desculpa-me” e “muito obrigado”, tantas vezes quantas se fazem necessárias, nas horas do dia a dia.
20 Na chamada beneficência menor, estão os agentes indispensáveis à edificação da caridade, porque, em se atendendo às pequeninas grandes dádivas, é que aprenderemos a distribuir as grandes dádivas, na seara do bem, como se fossem pequeninas.
Emmanuel