1 Em matéria de trabalho, aceitemos o lugar de serviço que o Senhor nos concedeu, no campo terrestre, evitando a perda de tempo com queixas desnecessárias.
2 Muitas vezes, é preciso raciocinar com calma, a fim de compreendermos com segurança.
3 Não fossem os nossos grupos de irmãos, quando em conflito;
4 os companheiros da mediunidade nas ocasiões em que se rendem a processos obsessivos;
5 os amigos hipnotizados por moléstias-fantasmas;
6 os enfermos necessitados de assistência espiritual;
7 os fronteiriços da loucura;
8 as vítimas da ingenuidade;
9 as pessoas que ainda se caracterizam por frágil estrutura psicológica, a exigirem compreensão, através de constantes diálogos;
10 os lares atormentados pelos débitos de existências passadas;
11 as criaturas amadas quando se envolvem nos distúrbios emotivos;
12 as tarefas abandonadas por irmãos diversos que as iniciaram sem ponderar os compromissos que assumiam;
13 os antagonismos entre espíritos nobres e prestimosos;
14 as incompreensões entre amigos generosos, mas irritadiços;
15 as almas caridosas, no entanto, ainda tisnadas por melindres e suscetibilidade;
16 os irmãos que se distanciam dos deveres que abraçam para serem solitários e infelizes;
17 e nós mesmos, com os desequilíbrios e tentações que, de um modo ou de outro nos assediam, o que justificaria a nossa condição de Espíritos engajados no trabalho de Jesus Cristo?
18 Aqui nos achamos, no chão e na atmosfera do mundo, gravitando uns em torno dos outros, com os nossos próprios problemas a resolver e com as nossas dívidas a saldar.
19 Será por isso, talvez, que, em nos expressando no intercâmbio espiritual, tantas vezes nos referimos aos benefícios do trabalho, 20 e, entendendo a complexidade dos nossos processos evolutivos e dos nossos anseios de elevação, convém-nos aceitar a prática do perdão recíproco e a obrigação de servir sempre, através do culto incessante da paciência.
Emmanuel