12 Disse Maria de Freitas:
— “Sou médium e lavadeira,
Ganho tostão a tostão,
Sem o dinheiro apurado,
Como compro o meu sabão?”
13 Disse Herculano Amorim:
— “Sou médium e motorista,
Carro novo me domina,
Mas sem serviço e dinheiro
Como pago a gasolina?”
14 Explicou Dona Antonina:
— “Sou viúva, mãe e médium
Trabalho só por favor,
O médium, sem o trabalho,
Só deve agir por amor?”
15 Falou Luzia Seabra:
— “Mediunidade a meu ver,
Tem muitos lances e tons
Chega de Espíritos maus
Queremos os que são bons.
16 Depois nos disse João Pires:
— “Mediunidade e dinheiro
Não guardam a mesma cor,
Sou médium e quero servir,
Mas só servir por amor.
17 Anota o que não quer
O ouro nas praças,
O povo quer a bondade
E amar na paz do Senhor.
18 Cá por mim também aprovo,
Mediunidade sem prata,
Tenho medo do dinheiro
Pois dinheiro também mata.
19 Assim faço o meu registro,
Trabalhar na profissão
E viver na mediunidade
Quando houver a precisão.
20 Servir a mediunidade
Muita gente é que quer
Cada um em caminho,
Cumpre o próprio dever.
21 Andar no seu compromisso
Tendo a benção do serviço
E ser médium quando precisa
E crendo como quiser.
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