1 … E respondendo ao discípulo que lhe pedira ensinasse a orar, disse o Mestre generoso:
2 Quando rogares amor, não abandones o próximo ao frio da indiferença.
3 Quando suplicares o dom da fé viva, não relegues teu irmão à descrença ou à tortura mental.
4 Quando pedires luz, não condenes teu companheiro à perturbação nas trevas.
5 Quando solicitares a bênção da esperança, não espalhes o fel da desilusão.
6 Quando implorares socorro, não olvides a assistência que deves aos mais necessitados.
7 Quando rogares consolação, não veicules o desespero à margem do caminho.
8 Quando pedires perdão, desculpa os que te ofendem.
9 Quando suplicares justiça, em favor da própria segurança, não te descuides da harmonia de todos que precisas assegurar ao preço de tua renunciação e de tua humildade, a benefício dos que te cercam.
10 Se reclamas pela claridade da paz, não estendas a sombra da discórdia;
11 se pedes compreensão, não critiques;
12 se aguardas concurso do Céu, não menosprezes a colaboração que o mundo te pede à boa vontade.
13 Assim como fizeres aos outros, assim será feito a ti mesmo.
14 Segundo plantares, colherás.
15 Não olvides, assim, que a Vontade do Senhor é também a Lei Eterna e que tudo te responderá na vida, conforme os teus próprios apelos.
16 Vai, pois, e, orando, perdoa e ajuda sempre!…
17 Foi então que o aprendiz, reconhecendo que não basta simplesmente pedir para receber a felicidade, passou a construí-la através do serviço à felicidade dos outros, compreendendo, por fim, que somente pelo trabalho incessante no bem poderia orar em perfeita comunhão com a Bondade de Deus.
Emmanuel