“Luz para alumiar as nações.” — (Lucas, 2.32)
1 Há claridades nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.
2 Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.
3 Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.
4 Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo.
5 No Evangelho, porém, é diferente.
6 Comentando o Natal assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações. ( † )
7 Não chegou impondo normas ao pensamento religioso.
8 Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.
9 Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.
10 Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.
11 Fez luz no Espírito eterno.
12 Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.
13 Trouxe claridade para todos, projetando-a de Si mesmo.
14 Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito.
15 Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.
16 Tens suficiente luz para a marcha?
17 Que espécie de claridade acendes no caminho?
18 Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.
19 Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã lembra-te de que, na Terra, há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento…
20 Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?
Emmanuel