1 Se te decidires a praticar compreensão, adiantar-te-ás, consideravelmente, no caminho do amor, em direção à paz que se te fará suporte à felicidade.
2 Para isso, é imperioso te situes no lugar dos outros, de modo a que não percas tempo, com qualquer julgamento leviano, capaz de arrojar-te em complicações e enganos, por vezes, de lastimável e longa duração.
3 Se te observares na condição do agressor, imagina quão valioso se te faria o perdão daqueles a quem houvesses ferido, após reconheceres que te desmandaste num momento de desequilíbrio e loucura.
4 Fosses a pessoa encarcerada em penúria e doença e saberias agradecer os gestos espontâneos de quem te doasse alguns minutos de reconforto ou leves migalhas de auxílio.
5 Caso te visses no lugar da pessoa caída em tentação, reflete se poderias haver resistido, com mais eficiência, ao assédio das sugestões infelizes.
6 Estivesses na posição daqueles que controlam a fortuna ou o poder, a influência ou a autoridade e examina, por ti mesmo, qual seria o teu comportamento.
7 Colocando-te na situação dos companheiros em lágrimas que viram partir entes amados, sob a neblina da morte, mentaliza a extensão do sofrimento que te dilapidaria o coração ao perder a companhia daqueles que mais amas.
8 De quando a quando, sujeita-te, no silêncio, aos testes dessa natureza, dialogando intimamente de ti para contigo e descobrirás em ti as fontes de renovação espiritual a te nutrirem os sentimentos com novos princípios de tolerância e humanidade.
9 Realmente, advertiu-nos Jesus:
— “Não julgueis para não serdes julgados.” ( † )
10 O Divino Mestre, entretanto, não nos proclamou impedidos de julgar a nós próprios, de modo a revisarmos nossos ideais e atitudes, colocando-nos finalmente a caminho da própria sublimação.
Emmanuel