1 Efetivamente, não te será possível deter as vítimas da precipitação.
2 Aqui, é alguém que clama intempestivamente por melhores dias, sem despender o mínimo esforço para alicerçá-los.
3 Ali, é o amigo que desiste da tolerância e se desequilibra no espinheiral da irritação.
4 Além, é o pai que exige a regeneração imediata de um filho que ele próprio entregou à dissipação e à leviandade por muito tempo.
5 Mais adiante, é o doente que reclama a própria cura, em poucos dias, acerca de moléstia determinada que o aflige, para a qual ele próprio organizou campo adequado, em vários anos de menosprezo a si mesmo.
6 Com todos esses casos rentearás, incluindo talvez familiares queridos que se mostrem incursos nesses quadros da pressa, a traduzir-se em perturbação. Lembrar-te-ás, porém, de que a ansiedade, só por si, não serve a ninguém.
7 A aflição inútil quase sempre apenas consegue mentalizar alucinações, suscetíveis de piorar quaisquer problemas, já de si mesmos graves e complicados.
8 Em qualquer percalço dessa ordem, observa os padrões da Natureza.
9 A árvore não dá frutos sem habilitar-se no tempo para isso.
10 Por mais que um homem vocifere, reclamando a luz do sol num hemisfério, onde o relógio aponte a meia-noite, reconhecer-se-á obrigado a esperar pelo amanhecer.
11 A lâmpada para inflamar-se deve ajustar-se à voltagem.
12 E uma criança, por mais prodígios de inteligência dos quais forneça testemunho, só atuará com responsabilidade quando o tempo lhe acrescente a madureza.
13 Em quaisquer circunstâncias, conserva a serenidade da paciência para que te sobreponhas às dificuldades e impactos inevitáveis do sofrimento que comparece no caminho de todos.
14 Age e constrói sempre, mas não te esqueças de que se não consegues estabelecer a harmonia e a segurança, no íntimo dos outros, podes claramente guardar a calma e a compreensão por dentro de ti.
Emmanuel
[1]
Essa mensagem é muito parecida com a que foi publicada no
livro “Amigo”,
não obstante serem autênticas, pois ambas possuem manuscrito da psicografia
original com a caligrafia do médium, que está sob a custódia do Dr. Eurípedes
Higino, filho adotivo do Chico.
