“… Porque eu vo-lo digo em verdade: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria e nada vos seria impossível.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. XIX, item 1).
E, aqui, esperando por mais algumas lições, encontro-me parada há algum tempo, imaginando como poderia terminar este volume, pois estou sempre querendo colocar algo mais que possa conscientizar corações.
Mas, onde encontrar mais provas sobre tudo que Laurinho nos diz, se estou, em casa, com o pensamento na saúde que me impede de estar perto da “caixa postal” que meu filho escolheu, que são as mãos de Chico Xavier? Cá estou, sem condições de ir até Uberaba, pois que, neste ano, encontro-me às voltas com tratamentos médicos.
Por vezes, percebo que uma força qualquer tenta impedir-me de terminar esta coletânea de mensagens, mas, ao mesmo tempo, lembro-me que apostava comigo mesma, que terminaria há uns meses atrás. E de que maneira seria? Saibam que tudo que aqui está contido, foi escrito diretamente, sem muito pensar, pois que tudo é fruto colhido do fundo do coração.
Não vendo possibilidade, exclamei: “E agora, Laurinho, como vou fazer?”.
Foi incrível! A partir desse momento, tudo foi se encaixando da melhor maneira possível, até que tive a oportunidade maravilhosa e tão querida de ir até nossa “caixa postal”.
Implorei a Laurinho pelas suas comunicações, pois precisava de mais palavras, de mais ensinamentos. Pedi muito a Deus, para que me iluminasse a mente e me ajudasse nesse pequenino trabalho de boa vontade, embora tão simples e do coração. É a fé, meus irmãos! Já tive tantas provas, já recebi tanto de Deus que, pelo tamanho da minha fé, não desanimo nunca.
De fato, a fé remove montanhas e um pedido de mãe, sem dúvida alguma, é atendido.
A fé segura, sincera, verdadeira é aquela que nos impele em direção ao Alto, na compreensão de que Deus não nos desampara nunca.
Lembremo-nos de nosso Evangelho: “Não basta ver. É preciso compreender, para possuirmos a fé verdadeira.” A fé raciocinada pela qual tanto me debato, não é uma simples crença. É algo muito superior, que talvez, trazemos no renascer e, oxalá, seja um sinal de um pouquinho de evolução.
Em sentido figurado, as montanhas transportadas são as dificuldades, o nosso egoísmo, o nosso apego à matéria, mas tudo venceremos porque entendemos não só a necessidade da fé, mas, também, a necessidade da compreensão da própria fé. Graças a Deus, meus pedidos têm sido ouvidos e sinto-me muito feliz por ser atendida, apesar de toda minha imperfeição.
E a você, meu filho, só lhe peço: nunca abandone aquele que pretende melhorar-se, tentando galgar os degraus desta escola, no mister de ajudar, mesmo com pequeninas e insignificantes palavras, os nossos irmãos mais carentes da verdade.
Priscilla Pereira