“E tendo chegado à casa, nela se reuniu uma tão grande multidão de povo que não podiam mesmo tomar seu alimento. Seus parentes, tendo sabido disso, vieram para se apoderarem dele, porque diziam que ele havia perdido o espírito. Entretanto, sua mãe e seus irmãos tendo vindo, e ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo. Ora, o povo estava sentado ao seu redor, e lhe disse: Vossa mãe e vossos irmãos estão lá fora vos chamando… Mas ele lhes respondeu: Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E olhando aqueles que estavam sentados ao seu redor: Eis, disse, minha mãe e meus irmãos; porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. XIV, item 5).
Novamente, o dia dedicado às mães!
Quantas estão na alegria de um bebê que chega, quantas na euforia dos filhos ao redor e… quantas bradando, aos céus, pelos filhos que partiram!
De qualquer forma, abraçamos a todas, porque todas somos mães e somos iguais.
Consideremos a mãe, dona da sublime missão de distribuir amor a tantos quantos Deus lhe confiar.
Seja de uma maneira mais expansiva ou mais retraída, dependendo do temperamento e modo de vida, cada qual exprime seu amor de acordo com a sua capacidade.
Toda definição sobre mãe, será insuficiente para se homenagear a criatura que se doa por amor àquele pedacinho de gente que saiu de suas entranhas para vir a este mundo.
Somente nós, mães, conhecemos os mistérios que nos guiam, nos dão forças, ânimo e, até mesmo, aquele “sexto sentido” em favor de nossos filhos.
Você, mãe, é o símbolo da paz, da humildade e, principalmente, da coragem.
Falando-se em mãe, lembramo-nos da família e desejamos que esta seja uma união, com entrosamento perfeito, onde todos se amem, repartam o pão, a dor e a alegria.
Deus colocou o homem ao lado da mulher que, com a bênção da maternidade, deu surgimento à família. Um aconchego de Espíritos encarnados, afins ou não, que, por uma existência, deverão multiplicar-se, crescer e evoluir, nesse grupo que lhes aprouve viver. Em análise, notamos que é com os menos agraciados, materialmente, que encontramos, ainda, maior sentido de família. Talvez o sofrimento e a singeleza, vividos em conjunto, transformem os indivíduos em seres mais sensíveis, transmitindo o amor puro aos que lhes rodeiam, sem aqueles aparatos que nada valem num lar, onde, infelizmente, a abundância não consegue comprar o amor.
De qualquer forma, uma mãe tem a coragem e a força para enfrentar o sacrifício, porque Deus assim a fez. E, estando nós, fazendo e cumprindo a vontade do Senhor, elevamos nossos corações ao Alto, pedindo para todas as mães do Universo, a força necessária a fim de bem receber, guiar os passos e entregar seus filhos ao Pai.
Deixo, aqui, mais uma expressão de Laurinho, para ser meditada: “Mãe é um mistério de Deus…”
Priscilla Pereira