“A humildade é uma virtude bem esquecida entre vós; os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco seguidos e todavia sem a humildade podeis ser caridosos para com vosso próximo? Oh! não, porque esse sentimento nivela os homens; diz-lhes que são irmãos, que devem se entreajudarem e os conduz ao bem. Sem a humildade vos adornais de virtudes que não tendes, como se trouxésseis um vestuário para esconder as deformidades de vosso corpo. Recordai aquele que nos salva; recordai sua humildade que o fez tão grande, e o colocou acima de todos os profetas.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. VII, item 11).
Lutamos, nos debatemos e, ainda, suportamos aqueles que nos contestam, sem ao menos terem argumentos para tal.
A explicação que proponho para esse fato é a de que a maioria dos encarnados é pouco evoluída espiritualmente. Sendo assim, os Espíritos que se dispõem ao trabalho do bem comum, encontram poucos cooperadores conscientes. Com isso, o trabalho para o bem se torna muito mais difícil e nos reclama uma séria persistência.
Muitas das vezes, clamamos e desanimamos pelas forças que se esvaem, porém, algo superior nos empurra para a batalha e continuamos nossa escalada na Escola da Vida.
Confesso que, dentre as dezenas de cartas de meu Laurinho, nenhuma me emocionou tanto como esta de aniversário natalício. Está aqui a prova da humildade de um rapaz que comemorava os seus vinte e três anos de nascimento, numa chuva de lágrimas que espero, se transformem em bênçãos de Jesus, na Espiritualidade Maior.
Nessa carta, cita-se, humildemente, a cada linha, como pequenino trabalhador nas tarefas e nos merecimentos.
Deus permita que muitos o imitem, ao invés de usar o “Eu” da ostentação.
Notemos que o trabalho é o meio único de ação e, como diz ele, ainda batalha no seio do lar, vendo e sentindo a necessidade espiritual de cada um.
Continuemos nos encaminhando na prática do bem, sem ostentação e veremos o mérito surgir, de imediato, pela luz que, por misericórdia divina, emana de nossos entes queridos, em nosso socorro.
Dentro de toda nossa imperfeição, tentemos beneficiar com humildade e sem pensar na retribuição, para atingirmos o bem moral através do bem material.
Mães queridas, observem, amem e cultivem cada frase de seus filhos, pois, contidas nessas palavras, estão os reflexos do que Jesus nos legou.
Abracem o trabalho, pois, não existe melhor terapia para dissipar a dor e povoar o coração de paz.
A necessidade e a saudade do reencontro, com certeza virão e Deus nos unirá, pois, sabedor de nossa aceitação, nos entregará, pelo nosso amor ao próximo, o coração de nossos entes.
Belos dias virão, onde a evolução se fará e conquistaremos as virtudes, lutando para atingirmos, então, o degrau onde, felizes, estarão nos aguardando nossos entes queridos. E, enquanto isso não ocorre, ficaremos a imaginar como será o nosso reencontro.
Priscilla Pereira