1 Cada vez mais predominante na Terra a necessidade do trabalho com o entendimento da importância de semelhante ingrediente na evolução.
2 A sabedoria da vida estabelece o serviço profissional, seja na administração ou na subalternidade, quase que por látego indispensável à preservação da saúde e da harmonia mental das criaturas; 3 no entanto, existe a sublimação do trabalho nas atividades do bem ao próximo, nas quais o servidor comparece voluntariamente, sem qualquer ideia de remuneração: altruísmo enfatizado no mundo pelas religiões ou fora delas.
4 É, sobretudo, para esse tipo de ação que a Espiritualidade Maior convida as criaturas da Terra, em benefício delas mesmas.
5 Caridade, beneficência, filantropia ou assistência social — sob qualquer dessas legendas, os companheiros domiciliados no Plano Físico encontram oportunidades valiosas para a aquisição de valores da alma, com expressão definitiva e substancial em qualquer sistema de vida.
6 Muitos amigos menosprezam o ensejo que se lhes oferece, pronunciando recusas quais estas:
— “Quem sou eu para servir?”
— “Sou um feixe de imperfeições…”
— “Conheço o meu atraso moral.”
— “Meus defeitos são meus impedimentos…”
— “Não tenho qualidades para comparecer nas boas obras.”
7 Entretanto, os convites dos Orientadores Espirituais — realmente orientadores — falam em serviço e não em santidade.
Eles sabem que somos ainda consciências endividadas em evolução.
8 Temos conosco refulgências de estrelas e sombras de abismos, tranquilidade e tumulto, fontes de amor e desertos de incompreensão e não seria justo exigir perfeição nos seres em aperfeiçoamento.
9 Fugir do trabalho de auxílio aos outros, sob esse ou aquele pretexto, é mera desculpa de quantos preferem retardar a melhoria própria.
10 E afirmamos isso, porque estamos muito longe do clima dos anjos e, se quisermos caminho de elevação para o reencontro com aqueles que nos esperam nas vanguardas da luz, a única opção será sempre: — servir.
Emmanuel
(Anuário Espírita 1984.)
[1]
O manuscrito dessa mensagem, cujo título é “Trabalho e nós”, encontra-se
sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico.