O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Amor e saudade — Familiares diversos


1

Augusto Cezar Netto

NASC.: 27.09.1942 — DESENC.: 27.02.1968

Augusto Cezar Netto, Raul Cezar e Yolanda Cezar, uma trindade de amor e amparo aos semelhantes.

Augusto Cezar, dos páramos espirituais, traz o reforço esclarecedor em suas palavras sentidas, sobre o Mestre Jesus, a impulsionar o refazimento íntimo, propiciam o desbancar do desânimo, da vaidade e do egoísmo, carregados no bagageiro das atitudes infelizes.

Exerce em apontamentos, a liderança ainda jovem do saber cristão, aprendido com os Benfeitores Maiores. Por sua dedicação e esmero, por sua sede de saber, sua dignidade espiritual, e sua espontaneidade granjeou-lhes a simpatia.

Augusto Cezar ainda, se faz criança e, respeitosamente, assume em proporções de carinho um palavrear modesto e sábio, amorável e inteligente no incentivo às realizações que sua mãe se propôs a cumprir, no atendimento às almas carenciadas do amor cristão.

Augusto Cezar ainda, projeta-se como o menino que vê em seu pai, o benfeitor amigo a dispor de recursos como presente que lhe enfeitará a alma na transferência direta às mãos dos deficientes da compreensão humana.

Augusto Cezar ainda, revela-se aos pais não mais como o filho rogado pela saudade, e, sim, pelo Espírito querido, colaborando com os necessitados, a mão amiga transfigurada, remissiva na caridade cristã.

Augusto Cezar ainda, remonta nos quadros atuais de vida espiritual, a imagem presente do jovem que se viu privado das belezas terrenas e as transportou ao outro lado, como roupagem exposta no cabide da vida, a sustentar a estampa divina para a juventude atuante nas lides da Doutrina.

Augusto Cezar ainda, revela-nos em suas mensagens nos diversos livros editados, a preocupação nas rogativas de mães que buscam o consolo, a linguagem giriada com os adolescentes que se extravasam na verbalística decorativa, os contos que se identificam na história de cada ser envolvido pela dor, amenizando as aflições que fazem o padecimento criar raízes de desconforto espiritual.

Augusto Cezar ainda, é o amigo, o Espírito que cresce a cada dia a envolver com graça e beleza, sentimento e ação, os grupos jovens, movimentos que se motivam no amparo mútuo, que estendem a solidariedade, que agridem os falsos propósitos expostos pela ignorância das leis de Deus, que remanejam nos postos avançados, clarinados de esperança, um amanhã salutar, auriluzido de sentimentos cristãos.

Augusto Cezar, continuará sendo para sua mãe Yolanda Cezar, para seu pai Raul Cezar e os seus familiares, o pequeno Augustinho, que repletou os seus dias de sonhos; fantasias, de sol irradiando a felicidade eterna de uma família cristã.

Augusto Cezar Netto, foi um filho feliz, agora, um espírito municiado do saber por aquisição de seu coração, sempre soube estar irmanado com o desejo de servir a Jesus e ao semelhante.


ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS DE PESSOAS OU FATOS CONSTANTES NA MENSAGEM


Pais: Raul Cezar e Yolanda Cezar.

Avós: Otília Adélia Cezar, paterna, desencarnada. Ermelinda Amaral Rotta, materna, desencarnada.

Tia: Mafalda Giudice, encarnada. Wanda Brazaventi, prima de Augusto.

Amiga: Mercedes Sponda.

Peirópolis: Distrito distante cerca de vinte quilômetros de Uberaba, MG, onde se formaram reuniões espirituais com Francisco Cândido Xavier, D. Yolanda Cezar e o Sr. Langeston Neves.

Lar-Oficina: entidade filantrópica em São Paulo fundada por D. Yolanda Cezar no amparo às famílias necessitadas e reuniões espirituais.

Augustinho: expressão de carinho dos familiares a Augusto Cezar, em vida terrena.


NOTA: Antecipamos os nomes de pessoas ou fatos, para melhor identificação por ocasião da leitura da mensagem do Espírito.


MENSAGEM


1 Querida mãezinha Yolanda e querido papai Raul, agradeço-lhes o abraço na lembrança do meu dia de reentrada na Vida Maior.

2 Parece pelo tom de minhas palavras, que desejo confinar as nossas expressões ao âmbito doméstico, mas não é bem isso.

3 Estamos todos na mesma campanha de renovação e cada criatura a que nos ligamos pelos abençoados liames do amor se transforma aos nossos olhos em viga importante dessa nossa construção de espiritualidade, em benefício de nós mesmos.

4 Conversamos com os nossos pais, entretanto, de nossos entes amados a ideia se irradia e vamos enfatizando a necessidade de compreensão maior entre nós todos no mundo.

5 Venho agradecer aos pais queridos, a atenção que puseram em minhas petições anteriores: transfigurar as alegrias de nossa casa em felicidade para os outros, em extensão.

6 Mãezinha Yolanda, com a proteção de Jesus e com as escoras de meu pai Raul, conseguimos fazer do nosso roteiro de saudades o mostruário dos caminhos que nos cabe percorrer, a fim de minorarmos o sofrimento, dele extraindo a substância precisa, a fim de que se faça o império da esperança onde estivermos.

7 Ensinam-nos aqui, onde me encontro, que no Plano Físico, somos braços do Divino Mestre para a continuidade da sua obra de redenção. E o único meio de oferecer cooperação ao Senhor e Mestre Nosso será o de transformarmos dor e saudade em serviço e bênção.

8 Temos demonstrado que isso é possível e agradeço-lhes quanto fizeram por mim neste novo natalício na Espiritualidade.

9 Quero dizer ao papai Raul que eu estive no sorriso de todas aquelas crianças reconfortadas com o carinho que ele e minha mãe Yolanda sabem distribuir; parei junto à cada face de mãe, daquelas mães abençoadas pelas próprias necessidades que nos receberam os testemunhos de solidariedade; associei-me a cada velhinho que nos acolheu a alegria com tanta felicidade e compareci no contentamento de cada companheiro e de cada irmã que nos partilharam do encontro de fraternidade. Muito grato a todos.

10 Por minhas palavras, querida mãezinha Yolanda, o seu coração compreenderá que estamos juntos no planejamento do Lar-oficina em que teremos serviço mais amplo para quantos desejem cooperar conosco e resultados suficientes para estender o nosso campo de obrigações na beneficência.

11 Mãezinha, compreendemos o seu ideal de agir mais, trabalhando mais e servindo mais.

12 Estamos todos, os companheiros de minha turma e eu, em preces ao Senhor para que seja encontrado o espaço, no qual a nossa oficina de trabalho deva funcionar.

13 O primeiro Grupo de Assistência, nos tempos apostólicos, logo depois do regresso de Jesus ao Plano Divino, começou no esforço de uma senhora de nome Dorcas, ( † ) que passou a costurar para os necessitados e a quem se agregou mais vasto número de cooperadoras, surgindo o começo da caridade ativa, em meio das pregações do Reino de Deus.

14 Nosso ideal de uma obra assim, em que se materializem os ensinamentos que divulgamos, não é demonstração de antagonismo em nosso campo de ação e sim continuidade de serviço.

15 Primeiro aprendemos através das nossas saudades o caminho para a nossa própria transformação e, recebido o mapa de jornada que temos em mãos, vejo em nossa oficina uma bênção de Deus que se segue às outras bênçãos de Deus que temos recebido.

16 Sigamos para a frente. A Terra, generosa como sempre, nos dará um lugar adequado para a edificação do bem a que estamos endereçados e não nos faltarão amigos para formar a colmeia de paz e amor em que pretendemos unicamente atender ao nosso anseio de servir.

17 Creio seja compreensível que me expresse sobre o assunto neste dia 27, porque foi também num dia 27 que os nossos corações se viram repentinamente golpeados pela separação que não aguardávamos e que nos coube aceitar nos Desígnios de Jesus.

18 Agora, a nossa caminhada prossegue e o Céu nos abençoará.

19 Sou grato a todos os que nos estendem os corações e as mãos num gesto de confiança, em nossa fidelidade ao dever cumprido e marcharemos, com o amparo de Deus, todos juntos.

20 Agradeço à nossa Wanda o apoio irrestrito com que nos estimula aos encargos que nos esperam, tanto quanto sou agradecido à tia Mafalda pela contribuição constante com que nos incentiva ao trabalho.

21 Agradeço todas as doações de alimento e paz que fizeram recordando o pobre rapaz que fui eu, como sou reconhecido à rosa que a nossa estimada Mercedes me trouxe, animando-nos a prosseguir na trilha em que vamos procurando realizar-nos com o bem e para o bem.

22 Agradeço a Pieirópolis na pessoa do irmão Langeston, as vibrações de paz e de esperança em que me completo na certeza de que Deus me suprirá em minhas deficiências para ser o companheiro de trabalho que preciso ser e expresso a minha gratidão a cada árvore que ampara esta casa de amor para o desempenho de sua nobre missão.

23 Querido papai Raul, muito grato por ter vindo abraçar a nossa família maior.

24 A vó Otília e a vó Ermelinda aqui se rejubilam com os filhos queridos que são meu pai e minha mãe para ambas, na Vida Maior, assim como reverencio nos dois os pais queridos e inesquecíveis que me ensinaram que a vida vale pelo bem que se deve fazer.

25 E agora, peço a meu pai me permita dizer sem constrangimento que amo e amarei sempre a mãezinha Yolanda, por nossa benfeitora real.

26 Papai Raul, deixe-me sentir novamente criança. Lembre-se, sou o seu Augustinho peralta e difícil, sempre a me acolher, quando menino, ao regaço materno, para que me visse protegido e resguardado para agir como julgasse melhor.

27 Pois, hoje, papai Raul, eu cresci em tamanho e entendimento e se não posso trabalhar consigo no porto das bênçãos, posso colaborar com a mãezinha Yolanda em favor dos infortunados.

Muito grato por todo o seu dinheiro, iluminado de amor ao próximo, com que a mãezinha Yolanda vai realizando o mais belo dos sonhos de qualquer vida humana: o ideal de seguir a Jesus com vontade de se parecer com Ele.

28 Olhe a mãezinha Yolanda, querido papai, e veja quanta coragem lhe nasceu do coração para fazer o que realiza, pensando nas instruções do Senhor a quem aceitamos por nosso Divino Mestre.

29 Recorde os dias em que ela se erguia, entre nós, falando alto para me defender. Aquela fortaleza toda se transformou em trabalho pelos semelhantes.

30 Pai querido, ainda sou o seu adolescente amparado por minha mãe na jornada de luz em que nos achamos. Abençoe-nos e auxilie-nos como sempre.

31 Envio o nosso afeto às irmãs e aos sobrinhos queridos e peço ao querido papai Raul receber, com a minha querida mãezinha Yolanda, todo o amor e todo o reconhecimento do filho que deseja trabalhar mais para ser melhor.

32 Sempre o filho, sempre grato,


Augusto


DEPOIMENTO


Por tudo que temos recebido pela oportunidade de servirmos, pela alegria de estarmos constantemente em contato com o nosso Augusto, pela paz que recebem os amigos que o procuram — Chico Xavier — Deus possa mantê-lo sempre entre nós, os necessitados do amor divino.


Família Cezar


Rubens S. Germinhasi


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