O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Alma e coração — Emmanuel


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Ataques nas boas obras

1 Um problema existe no campo das boas obras, que surge de vez em vez, a pedir-nos paciência e reflexão — o problema do ataque.

2 Reconheçamos que os irmãos mais particularmente chamados a servir são aqueles que se mostram mais intensivamente policiados por incessante e geral observação.

3 Frequentemente, por esse motivo, para eles se encaminha o rigor de nossa vigilância, porquanto aspiramos vê-los sem qualquer momento infeliz.

4 Fácil anotar que, de hábito, cada um de nós, entre os que nos dirigem ou nos obedecem, anela encontrar criaturas tão perfeitas quanto possível. 5 Se nos achamos em subalternidade, queremos possuir chefes que se nos façam espelhos cristalinos de bons exemplos, e, se comandamos, eis-nos a disputar cooperadores, às vezes até mesmo mais eficientes que nós próprios. 6 Acontece, porém, que reponta o dia em que aparecem neles as imperfeições e fraquezas inerentes a nós todos — os Espíritos em evolução na Humanidade Terrestre — e choca-se-nos o ideal com a realidade. 7 Quando, desprevenidos, atiramo-nos à censura sem perceber, ameaçamos, em muitas circunstâncias, a estabilidade das tarefas que mais amamos, ao modo de tresloucado escultor que se precipitasse a exigir a obra-prima de um dia para outro, golpeando o mármore impensadamente.

8 Por ocasião de quaisquer ataques, no âmbito das realizações nobres em que nos encontremos afeiçoados, verificaremos, assim, sem qualquer dificuldade, que eles são endereçados geralmente aos companheiros que estão trabalhando e produzindo o bem de todos, mesmo porque, em verdade, nas construções respeitáveis, não há tempo a perder com os irmãos ainda voluntariamente estirados na inércia.

9 À vista disso, nos momentos de crítica, levantemos uma pausa dedicada à oração, porque o Senhor nos alumiará, norteando-nos a atitude; 10 se houver erro a corrigir, alcançaremos o tato da caridade para saná-lo no reajuste; 11 se nos achamos atacados, desculparemos, de imediato, quaisquer ofensas, multiplicando as próprias forças na precisa abnegação; e 12 se estamos atacando alguém, aprenderemos, para logo, a identificar o “lado bom” da pessoa, situação, acontecimento ou circunstância que nos preocupem na causa edificante a que tenhamos empenhado o coração.

13 Na hora do ataque, seja qual for, recorramos ao apoio da bondade e ao recurso da prece, de vez que a oração e a misericórdia nos trarão um raio de luz da Mente Divina, ensinando-nos a ver e compreender, amparar e harmonizar, auxiliar e servir.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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