1 Quantas vezes, procuramos a paz, experimentando a tortura do sedento que anseia pela glória!…
2 Em momentos assim, o passo mais expressivo será sempre a nossa incondicional rendição a Deus, cuja sabedoria nos guiará no rumo da tranquilidade operosa e tonificante.
3 Imperioso pensar nisso, porque frequentemente surgem no cotidiano crises inesperadas que se nos envolvem na vida mental, à feição de problemas classificados por insolúveis no quadro das providências humanas.
4 Em muitas ocasiões, efetuaste quanto se te fazia possível pela sustentação de um ente amado, no terreno firme dos ideais superiores e, ainda assim, assististe-lhe a queda espetacular nos precipícios de sombra…
5 Entregaste os melhores valores da existência para a felicidade de alguém que os recolheu, enquanto isso lhe conferia vantagens imediatas, e, de um instante para outro, sofreste inqualificável abandono, colhendo injúria e sarcasmo, em troca de renunciação e de amor…
6 Responsabilizaste a ti mesmo pelo amigo que te deixou a sós, no labirinto de negócios e compromissos inquietantes, sem qualquer consideração para com os teus testemunhos de confiança… 7 Deste o que és e quanto tens na proteção do grupo doméstico, por tempo vasto de trabalho e de sacrifício, e te viste, de repente, sob o desprezo daqueles mesmos familiares que te deviam carinho e respeito, sem a menor possibilidade de reivindicação…
8 Em tais circunstâncias, a prova se reveste de tamanha complexidade que, quase sempre, não dispões de outro recurso senão conservá-la por braseiro de angústia, trancado no coração, porquanto, às vezes, no grave assunto, os melhores amigos não te poderiam compreender, de vez que, provavelmente, se inclinariam a intervenções inoportunas, complicando-te os problemas.
9 Diante de quaisquer dificuldades, e, sobretudo, nas horas de amargura suprema, confia à Divina Providência as dores que te vergastam a alma!…
10 Todos nós, os Espíritos em evolução no Planeta, somos ainda humanos e, nessa condição, nem sempre conseguimos em nós mesmos a energia suficiente para a superação de nossas deficiências…
11 À vista disso, nos momentos terríveis e agoniados da adversidade terrestre, não abras falência diante do desespero!… Recorre aos créditos do Pai do Infinito Amor.
12 Nenhum de nós está órfão de amparo e socorro, luz e bênção, porque ainda mesmo fracassem todas as nossas forças, na direção do bem para o desempenho de nossas obrigações, muito acima de nós e muito acima de nossos recursos limitados e frágeis, temos Deus.
Emmanuel