1 Entre os cuidados devidos ao corpo e à alma, recordemos o problema da habitação.
2 Quanto mais instruída a pessoa, mais asseio na moradia. Nem sempre a residência é rica do ponto de vista material. Vê-se, aí, contudo, limpeza e ordem, segurança e bom gosto.
3 É imperioso, porém, que o senso de higiene e harmonia não se fixe, unicamente, no domicílio externo. Necessário que semelhante preocupação nos alcance o pouso íntimo.
4 A mente é a casa do Espírito.
5 Como acontece a qualquer vivenda, ela possui muitos compartimentos com serventia para atividades diversas. E, às vezes, sobrecarregamos as dependências de nosso lar interior com ideias positivamente inadequadas às nossas necessidades reais.
6 Quando preconceitos enquistados, teorias inúteis, inquietações e tensões, queixas e mágoas se nos instalam por dentro, dilapidamos os tesouros do tempo e as oportunidades de progresso, de vez que impedimos a passagem da corrente transformadora da vida, através de nossas próprias forças.
7 Sabemos que uma casa, por mais simples, deve ser arejada e batida de sol para garantir a saúde.
8 Ninguém conserva lixo, de propósito, no ambiente familiar.
Qualquer perturbação no sistema de esgoto ou na circulação da energia elétrica representa motivos para assistência imediata.
9 Desde épocas remotas, combatemos a escuridão. Da tocha à candeia e da candeia à lâmpada moderna, esmera-se o homem na criação de recursos com que se defender contra o predomínio das trevas.
10 Pondera quanto a isso e não guardes ressentimentos e nem cultives discórdias no campo da própria alma.
11 Trabalha, estuda, faze o bem e esquece o mal, a fim de que te arregimentes contra o nevoeiro da ignorância.
12 Tua mente — tua casa intransferível. Nela te nascem os sonhos e aspirações, emoções e ideias, planos e realizações. Dela partem as tuas manifestações nos caminhos da vida, e de nossas manifestações nos caminhos da vida dependem o nosso cativeiro à sombra ou a nossa libertação para a luz.
Emmanuel