1 Importante pensar que não apenas teremos o que damos, mas igualmente viveremos naquilo que proporcionamos aos outros.
2 Daí o impositivo de doarmos tão somente o bem, integralmente o bem.
3 Se em determinada faixa de tempo criamos a alegria para os nossos semelhantes e criamos para eles o sofrimento em outra faixa, nossa existência estará dividida entre felicidade e desventura, porque teremos trazido uma e outra ao nosso convívio, arruinando valiosas oportunidades de serviço e elevação.
4 Se oferecemos azedume, é óbvio que avinagraremos o sentimento de quem nos acolhe, de cuja colaboração necessitamos, reavendo, em câmbio inevitável, o mesmo clima vibratório, como quem recolhe água inconveniente para a própria sede, após agitar o fundo do poço, de cuja colaboração necessite.
5 Se atiramos crítica e ironia à face do próximo, de outro ambiente não disporemos para viver senão aquele que se desmanda em sarcasmo e censura.
6 Certifiquemo-nos de que não somente as pessoas, mas os ambientes também respondem. Queiramos ou não, somos constrangidos a viver no clima espiritual que nós mesmos formamos.
7 Pacifiquemos e seremos pacificados. Auxilia e colherás auxílio.
8 Tudo o que espiritualmente verte de nós, regressa a nós. “Dá e dar-se-te-á” ( † ) — asseverou Jesus. 9 O ensinamento não prevalece tão só nos domínios da dádiva material propriamente considerada. Do que dermos aos outros, a vida fatalmente nos dá.
Emmanuel
(Reformador, agosto 1969, p. 178)