1 Enquanto a glória do Natal se expande,
Aqui, ali, além,
Toda a Terra se veste de esperança
Para a festa do bem!…
2 Natal!… Refaz-se a vida, alguém ressurge,
Nos clarões com que o Céu se te anuncia…
É Jesus a pedir-te que repartas
Do teu pão de alegria.
3 Para louvar-lhe os dons da Presença Divina,
Não digas, alma irmã, que nada tens;
A riqueza do amor, no coração fraterno,
É o maior de teus bens…
4 Quando o dia se esvai e a noite desce,
Ao comando da sombra que a domina,
Para varrer a escuridão da estrada
Basta a luz de uma vela pequenina.
5 O deserto se esfalfa em longa sede,
Na solidão em que se configura…
Se chega simples fonte,
Ei-lo mudado em florida espessura!…
6 Ninguém sabe tão bem, senão aquele
Que a penúria desgasta ou desconforta,
O valor de uma veste contra o frio,
O tesouro de um prato dado à porta.
7 A migalha de força é a base do Universo,
Desde a furna terrestre à estrela mais remota!…
Todo livro se escreve, letra a letra,
Compõe-se a melodia, nota em nota…
8 Alma irmã, no serviço da bondade,
Jamais te afirmes desfavorecida…
Pobres sementes formam ricas messes!
Assim também na vida…
9 O cobertor, o pão, a prece, o abraço,
Uma frase de paz e compreensão
Podem criar prodígios de trabalho,
De reconforto e de ressurreição!…
10 Natal!… Dá de ti mesmo o quanto possas,
No amparo à retaguarda padecente;
Toda bênção de auxílio é socorro celeste,
Que Deus amplia indefinidamente.
11 Natal!… Recorda o Mestre da Bondade!…
Ele, o Cristo e Senhor,
Acendeu sobre a Terra o sol do Novo Reino
Com migalhas de amor!…
Maria Dolores
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