1 Em Espiritismo, é imperioso distinguir entre Mediunidade e Doutrina para que as surpresas do mundo não nos ensombrem a marcha.
2 Mediunidade é processo.
Doutrina é realização.
O processo passa.
A realização permanece.
3 Mediunidade é caminho.
Doutrina é bússola.
O caminho pode bifurcar-se.
A bússola guia sempre.
4 Mediunidade é pormenor.
Doutrina é base.
O pormenor é superfície.
A base é substância.
5 Mediunidade é trato de terra.
Doutrina é semente nobre.
A leira obedece aos ditames do lavrador.
A semente nobre enriquece a vida.
6 Mediunidade é argumento.
Doutrina é lógica.
O argumento é variável.
A lógica é inamovível.
7 Mediunidade é fenômeno da alma.
Doutrina é alma do fenômeno.
8 A mediunidade inclui a telementação e a letargia, a sugestão e a hipnose.
9 A Doutrina é responsabilidade, estudo edificante, serviço ao próximo e sacrifício pessoal.
10 Na primeira, temos a observação e a experiência; na segunda, a educação e a caridade.
11 Em síntese, a Mediunidade é trabalho da criatura humana e a Doutrina Espírita é Jesus de braços abertos.
12 Dignifiquemos, assim, a mediunidade com a nossa consagração ao bem puro e simples, mas não nos esqueçamos de plasmar a Doutrina Espírita no livro da própria alma, a fim de que o nosso coração se converta em flama da Vida Eterna.
André Luiz
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 12-9-1958.
Local — Centro Espírita Uberabense, na cidade de Uberaba, Minas.