1 Sem nos reportarmos às múltiplas experiências do passado, em que por vezes incontáveis recolhemos o socorro da Compaixão Divina, recordemos quão magnânimo tem sido o Senhor para conosco e aprendamos a desculpar infinitamente…
2 Limitando as tuas lembranças ao acanhado círculo da existência que passa, rememora o pretérito e pergunta a ti mesmo, no silêncio do coração!…
3 Quantas vezes nos perdoou o Senhor através do carinho materno nas hesitações e necessidades da infância?… 4 Quantas vezes ter-nos-á estendido generosas mãos, por intermédio de instrutores benevolentes, na teimosia caprichosa da mocidade?
5 Inventariemos nossas quedas de cada dia, nossas defecções íntimas, nossas ocultas deserções do dever a cumprir…
6 Analisemos as falhas e os prejuízos que provocamos consciente ou inconscientemente na tarefa que fomos chamados a atender e verificaremos a Piedade Infinita do Divino Mestre, socorrendo-nos pela palavra, pelo sorriso, pela tolerância e pelas mãos de numerosos amigos que, em Seu Nome, nos reajustam para a obra de elevação que nos compete realizar…
7 Em muitas ocasiões, quando mais aflitivo se nos revela o sentimento de culpa na intimidade da alma, quando nossa inaptidão para o bem nos arroja às garras do mal, eis que a Infinita Bondade nos estende um raio de esperança, encorajando-nos à humildade e à diligência para a justa reparação…
8 Pensa nessa abençoada rede assistencial de amor que nos cerca em todos os passos evolutivos e não te detenhas na acusação…
9 Repara na fragilidade do companheiro, tanto quanto o Terno Amigo nos observa as fragilidades, e guarda o respeitoso silêncio da fraternidade bem vivida, onde não possas abrir o coração ao estímulo sincero.
10 Muitas vezes, a crítica impensada ou o apontamento amargoso nos marcarão o espírito com reminiscências cruéis, mas nunca nos arrependeremos de haver perdoado em todo lugar onde a ignorância e a leviandade nos arroja a ofensa ao rosto.
11 Ouve, cala-te e espera…
12 Mas espera, desculpando o mal e fazendo o bem que possas, porque, acima de nós, reina a Justiça Indefectível e Soberana que, a nosso respeito e a respeito de nossos irmãos, se expressará insuperável e certa, no momento oportuno.
Emmanuel