1 Nossas obras são os sinais que endereçamos ao mundo que nos cerca.
2 Por elas, criamos, no Círculo em que vivemos, pensamentos, palavras e ações que, por força da Lei, reagem sobre nós, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o coração ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.
3 Não te esqueças de que a nossa trajetória, entre as criaturas, fala silenciosamente por nosso Espírito.
4 Não é preciso que a nossa língua se desarticule na exposição desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperação dos nossos vizinhos, 5 porque, se a nossa plantação de simpatia e trabalho está bem tratada, a assistência espontânea do próximo vem, de imediato, ao nosso encontro.
6 Por outro lado, não é necessário o nosso mergulho nas alegações brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos à frente dos outros, 7 porque, se as nossas obras não são recomendáveis, a própria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, nos relega a transitório abandono, a fim de que, na consequência purgatorial de nossos próprios erros, venhamos curtir a provação amarga que nos restaurará o equilíbrio à maneira de remédio precioso e salutar.
8 Não olvides que os nossos atos são as legítimas expressões do nosso idioma pessoal, no campo do mundo.
9 Faze o bem e a luz sorrirá em tua alegria.
Faze o mal e a dor chorará com as tuas lágrimas.
10 Disse Jesus: — “pelos frutos os conhecereis” ( † ) e, consoante os princípios que nos regem a luta, as nossas próprias obras falarão por nós, à frente da Humanidade, decretando a nossa ascensão ou nossa queda, nossa bem-aventurança ou nossa aflição.
Emmanuel
(Reformador, abril de 1956. p. 82)