1 Na obra de aperfeiçoamento a que Jesus nos concitou, idealizemos uma lâmpada com a faculdade de analisar o caminho de sombras a que deve emprestar cooperação.
2 Mentalizemo-la na apreciação da noite em derredor, injuriando as trevas, amaldiçoando as pedras da estrada, clamando ao Céu contra as nuvens e contra a ventania que lhe faz tremer o pedestal…
3 Imaginemo-la querelando, entre lamentações e impropérios, ante as dificuldades da Natureza, temendo os constrangimentos da obra de auxílio que lhe compete realizar.
4 Entretanto, desde que se ofereça, paciente e nobre, ao dispêndio dos próprios recursos para que a luz se faça, eis que a paisagem se mostra clara e bela, estimulando-lhe as energias para a jornada à frente.
5 Então, não precisará desmandar-se na acusação e na crítica, de vez que a claridade em si mesma lhe fará reconhecer cada criatura no nível em que se encontra e cada cousa no lugar que lhe é próprio.
6 A imagem singela define a necessidade de melhoria em nós mesmos para que a vida se eleve e aperfeiçoe, junto de nós.
7 Não vale gritar contra a escuridão, reprovar o erro e maldizer o quadro de luta em que o Senhor nos situa a existência.
8 Cada Espírito é colocado pela Providência Divina na posição mais útil a si próprio.
9 Aprendamos a retificar-nos, segundo os padrões que o Evangelho do Cristo nos apresenta e o mundo estará corrigido aos nossos olhos.
10 Vivamos nossa fé renovadora em atos e atitudes, nas tarefas habituais e converter-nos-emos na lâmpada prestativa e dócil que, aceitando as determinações do Senhor, edifica a verdadeira alegria, onde passa, porque traz consigo, no grande silêncio, o sol do Amor que é felicidade permanente e paz inextinguível.
Emmanuel