Todas as religiões que se sucederam na História da Humanidade, desde a teogonia dos arianos, que parece datar de quinze mil anos e nos oferece o tipo mais antigo, até o babismo † da Ásia, surgido neste século e que, não obstante, não conta muitos sectários; desde as teologias mais vastas e consolidadas que, como o budismo na Ásia, o Cristianismo na Europa e o islamismo na África, dominaram regiões imensas, durante longos séculos, até os sistemas isolados e frustrados que, como a igreja francesa do abade Chatel, n ou a religião fusionista de Toureil, n ou o templo positivista de Auguste Comte, não viveram mais que o espaço de uma manhã; – todas as religiões, digo, não tiveram por objetivo senão o conhecimento da vida eterna.
Entretanto, até hoje nenhuma soube nos dizer o que é a vida eterna; nenhuma nos soube ensinar sequer o que seja a vida atual, em que difere ou em que se liga à vida eterna; o que é a Terra onde vivemos; o que é o céu, para o qual se voltam todos os olhares ansiosos, para pedir o segredo do grande problema.
A incapacidade de todas as religiões, antigas e modernas, de nos explicar o sistema do mundo moral, levou a filosofia, acabrunhada pelo silêncio e pelas ficções, a formar em seu seio uma escola de cépticos, que não só duvidaram da existência do mundo moral, mas chegaram ao cúmulo de negar a presença de Deus na Natureza e a imortalidade das almas intelectuais.
Nossa filosofia espiritualista das ciências, fundada sobre a síntese das ciências positivas e especialmente sobre as consequências metafísicas da astronomia moderna, é mais sólida do que todas as religiões antigas, mais bela do que todos os sistemas filosóficos, mais fecunda do que todas as doutrinas, crenças e opiniões emitidas até agora pelo espírito humano. Nascida no silêncio do estudo, nossa doutrina cresce na sombra e se vai aperfeiçoando incessantemente por uma interpretação cada vez mais desenvolvida do conhecimento do Universo. Sobreviverá aos sistemas teológicos e psicológicos do passado, porque é a própria Natureza que observamos, sem ideias preconcebidas, sem especulação e sem medo.
Quando em meio a uma noite profunda e silenciosa nossa alma solitária se eleva para esses mundos longínquos que brilham acima de nossas cabeças, instintivamente procuramos interpretar os raios que nos chegam das estrelas, porque sentimos que esses raios são outros tantos laços fluídicos, ligando os astros entre si na imensa rede da solidariedade. Agora que as estrelas já não são para nós cravos de ouro fixadas na abóbada celeste; agora que sabemos que essas estrelas são outros tantos sóis análogos ao nosso, centros de sistemas planetários variados e disseminados a incríveis distâncias através do infinito dos espaços; agora que a noite não é mais para nós um fenômeno que se estende ao Universo inteiro, mas simplesmente uma sombra passageira situada por detrás do globo terrestre relativamente ao Sol, sombra que se estende a uma certa distância, mas não até às estrelas, e que atravessamos todos os dias durante algumas horas por força da rotação diurna do globo; – aplicamos esses conhecimentos físicos à explicação filosófica de nossa situação no Universo, e constatamos que habitamos a superfície de um planeta que, longe de ser o centro e a base da criação, não passa de uma ilha flutuante do grande arquipélago, arrastado, ao mesmo tempo que miríades de outros análogos, pelas forças diretivas do Universo, não tendo sido marcado pelo Criador com nenhum privilégio especial.
Sentirmo-nos arrastados no espaço é uma condição útil à compreensão exata do nosso lugar relativo no mundo; mas, fisicamente não temos e nem podemos ter essa sensação, pois que estamos fixados à Terra por sua atração e participamos integralmente de todos os seus movimentos. A atmosfera, as nuvens, todos os objetos móveis ou imóveis que pertencem à Terra são por ela arrastados, a ela ligados e, por conseguinte, relativamente imóveis. Seja qual for a altura a que nos elevemos na atmosfera, jamais chegaremos a nos colocar fora da atração terrestre e a nos isolar de seu movimento para o constatar. A própria Lua, a 96.000 léguas daqui, é arrastada no espaço pela translação da Terra. Não podemos, pois, sentir o movimento do nosso planeta senão pelo pensamento. Ser-nos-ia possível chegar a essa curiosa sensação? Tentemos.
Para começar, imaginemos que o globo sobre o qual nos encontramos avance no vazio à razão de 660.000 léguas por dia, ou 27.500 léguas por hora! 30.550 metros por segundo: é uma velocidade mais de cinquenta vezes mais rápida que a de uma bala de canhão (550 metros). Por certo não podemos simbolizar exatamente essa rapidez inaudita, mas dela podemos formar uma ideia, representando uma linha de 458 léguas de extensão e imaginando que o globo terrestre a percorra num minuto. Perpetuamente, sem parar, sem trégua, a Terra voa assim. Supondo-nos colocados no espaço, ao lado de seu caminho, na expectativa de vê-la passar diante de nós como um trem expresso, nós a veríamos chegar de longe sob a forma de uma estrela brilhante. Quando não estivesse a mais do que a 600 ou 700.000 léguas de nós, isto é, vinte e quatro horas antes de chegar, pareceria maior do qualquer estrela conhecida, menor do que nos parece a Lua: como uma grande bólide, semelhante às que por vezes atravessam o espaço. Quatro horas antes de sua chegada, parece cerca de quatorze vezes mais volumosa que a Lua e, continuando a inflar-se desmesuradamente, logo ocupará um quarto do céu. Já distinguimos em sua superfície os continentes e os mares, os pólos carregados de neve, as faixas de nuvens tropicais, a Europa com as bordas recortadas… e talvez distingamos um pequeno lugar esverdeado, que não passa da milésima parte da superfície inteira do globo e que se chama França… Já notamos seu movimento de rotação sobre o seu eixo… mas, aumentando, aumentando sempre, de repente o globo se desdobra como uma sombra gigantesca sobre o céu inteiro, levando seis minutos e meio para passar, o que talvez nos permita ouvir os gritos dos animais selvagens nas florestas equatoriais e o canhão dos povos humanos, para, em seguida, afastando-se com majestade nas profundezas do espaço, mergulhar no vazio e encolher-se na imensidade sem fim, não deixando outro traço de sua passagem, senão um misto de espanto e de terror em nosso olhar apavorado.
É nesta bola colossal de 3.000 léguas de diâmetro e 5.875 sextilhões de toneladas de peso, que estamos disseminados, pequenos seres imperceptíveis, arrastados com uma energia indescritível por seus diversos movimentos de translação, de rotação, de oscilação, e por suas inclinações alternativas, mais ou menos como os grãos de poeira aderem a uma bala de canhão lançada no espaço. Conhecer e sentir esta marcha da Terra é possuir uma das primeiras e mais importantes condições do saber cosmográfico. †
Assim voa a Terra no céu. A descrição desse movimento pode parecer puramente do domínio da Astronomia. Logo constataremos que a filosofia religiosa é altamente interessada nesses fatos e que, na realidade, o conhecimento do universo físico dá as bases da religião do futuro. Continuemos o exame científico do nosso planeta.
Como qualquer edifício, as teologias não podem ser construídas no vazio. Têm como arcabouço o antigo sistema do mundo, que supunha a Terra imóvel no centro do Universo. Ao demonstrar a fatuidade da ilusão antiga, a astronomia moderna demonstra a presunção das teologias fundadas sobre ela.
Este planeta é povoado por um número considerável de espécies vivas, classificadas em duas grandes divisões naturais: o reino vegetal e o reino animal. Cada um desses seres difere das coisas puramente materiais, dos objetos inanimados, em virtude de ser formado por uma unidade anímica que rege o seu organismo. Que se considere uma planta, um animal ou um homem, constata-se que o que constitui a vida é um princípio especial, dotado da faculdade de agir sobre a matéria, de formar um ser determinado, uma roseira, por exemplo, um carvalho, um lagarto, um cão, um homem; de fabricar órgãos como uma folha, um pistilo, um estame, uma asa, um olho, – princípio especial cujo caráter distintivo é ser pessoal.
Para nos atermos à raça humana, que há mais de cem séculos estabeleceu o reino da inteligência neste planeta, notamos que atualmente ela se compõe de 1.200.000.000 indivíduos, que em média vivem 34 anos. Na Europa, a duração média da vida, que no último século aumentou 9% com o progresso e o bem-estar, é hoje de 38 anos. Mas ainda há na Terra raças atrasadas, menos afastadas da barbárie primitiva, miseráveis e fracas, cuja vida média não ultrapassa 28 anos. Em cifras redondas, morrem por ano 32 milhões de indivíduos humanos, 80.000 por dia ou mais ou menos 1 por segundo. Nascem 33 milhões por ano, ou pouco mais de 1 por segundo. Cada batimento de nossos corações, correspondendo mais ou menos ao número de oscilações do pêndulo do relógio, marca aproximadamente o nascimento e a morte de um ser na Terra.
Tudo correndo no espaço com a rapidez que reconhecemos acima, a Terra vê a sua população humana renovar-se constantemente, com uma rapidez que também não deixa de ser espantosa. A cada segundo uma alma se encarna no mundo corporal e outra dele se evade. Um sexto das crianças morrem no primeiro ano, um quarto antes da idade de 4 anos, um terço aos 14 anos e a metade aos 42 anos. Que lei preside aos nascimentos? Que lei preside às mortes? É um problema que só a Ciência poderá resolver um dia.
É importante para todo homem que procura a verdade, ver as coisas face a face, tais como são, adquirindo, assim, noções exatas sobre a ordem do Universo. Antes de tudo mais, constatemos os fatos, pura e simplesmente; depois nos sirvamos da realidade para tentar penetrar as leis desconhecidas, de que os fatos físicos são a sua realização.
Pois bem! Constatamos, por um lado, que a Terra é um astro do céu, da mesma forma que Júpiter † ou Sírius, † e que circula no espaço eterno por meio de movimentos que nos dão uma medida do tempo: os anos e os dias – medidas de tempo que esses movimentos criam por si mesmos e que não existe no espaço eterno. Por outro lado, observamos que os seres vivos, particularmente os homens, são formados por uma alma organizadora, que é o princípio imaterial, independente das condições de espaço e de tempo e das propriedades físicas que caracterizam a matéria, e que as existências humanas não são o fim da criação, mas, antes, dão ideia de passagens, de meios. Por si só, a vida na Terra carece de objetivo. É o que ressalta incontestavelmente da própria organização da vida e da morte neste mundo.
Aliás, a vida terrena nem é um começo, nem um fim. Realiza-se no Universo, ao mesmo tempo que grande número de outros modos de existência, após muitas outras que se deram nos mundos passados, e antes de muitas que se efetuarão nos mundos futuros. A vida terrestre não é oposta a uma outra vida celeste, como supõem os teólogos que não se apoiam na Natureza. A vida que floresce na superfície do nosso planeta é uma vida celeste, tanto quanto a que resplandece em Mercúrio † e Vênus. † Estamos atualmente no céu, tão exatamente como se habitássemos a estrela polar ou a nebulosa de Orion. †
Assim a Terra, suspensa no espaço pelo fio da atração solidária dos mundos, arrasta em sua superfície as gerações humanas que nascem, brilham por alguns anos e se extinguem. Tudo está em movimento, e a circulação dos seres através do tempo não é menos certa, nem menos rápida, do que sua circulação através do espaço. Este aspecto do Universo nos surpreende, sem dúvida, e nos parece difícil defini-lo com segurança. O aspecto aparente com o qual se contentaram durante tantos séculos era muito mais simples: a Terra, imóvel, era a base do mundo físico e espiritual. A raça adâmica era a única raça humana do Universo; era colocada aqui para viver lentamente, para orar e chorar até o dia em que, sendo decretado o fim do mundo, o Deus corporal, assistido por seus santos e anjos, descesse do empíreo para julgar a Terra e em seguida transformar o Universo em duas grandes secções: o céu e o inferno. Esse sistema, mais teológico do que astrológico, era, repito, muito simples e se baseava nas tradições venerandas de um ensino quinze vezes secular. Quando, pois, neste século dezenove, eu venho dizer: “Em verdade as nossas antigas crenças estão fundadas em aparências enganosas; agora não devemos reconhecer outra filosofia religiosa além da que deriva da Ciência”, podemos não estar prontos para aceitar imediatamente a imensa transformação que resulta dos nossos estudos modernos e querer examinar severamente nossa doutrina antes de se reconhecer como seu discípulo. Mas é precisamente isso que todos desejamos; a liberdade de consciência deve preceder todo julgamento nas almas, e todas as opiniões devem ser livremente, sucessivamente ordenadas conforme as indicações do espírito e do coração.
A Terra é um astro habitado, planando no céu em companhia de miríades de outros astros, habitados como ela. Nossa atual vida terrestre faz parte da vida universal e eterna, dando-se o mesmo com a vida atual dos habitantes dos outros mundos. O espaço é povoado de colônias humanas vivendo, ao mesmo tempo, em globos afastados uns dos outros e ligados entre si por leis, das quais sem dúvida ainda não conhecemos senão as mais patentes.
O esboço geral de nossa fé n na vida eterna compõe-se, portanto, dos seguintes pontos:
1º – A Terra é um astro do céu;
2º – Os outros astros são habitados como ela;
3º – A vida da humanidade terrestre é um departamento da vida universal;
4º – A existência atual de cada um de nós é uma fase de sua vida eterna – eterna no passado como no futuro.
Este simples esboço geral de nossa concepção da vida eterna, embora apoiada na observação e no raciocínio e sendo indestrutível nesses quatro princípios elementares, longe está, entretanto, de não permitir alguma objeção. Ao contrário, podem-se-lhe opor certo número de dificuldades, como já aconteceu, seja pelos partidários das teologias antigas, seja pelos filósofos antiespiritualistas. Eis as principais dificuldades:
Que provas se podem obter de que a nossa existência atual seja uma fase de uma pretensa vida eterna? Se a alma sobrevive ao corpo, como pode existir sem matéria e privada dos sentidos que a poriam em relação com a Natureza? – Se preexiste, de que maneira encarnou-se em nosso corpo e em que momento? O que é uma alma? em que consiste esse ser? ocupa um lugar? como age sobre a matéria? – Se já vivemos, por que em geral não temos qualquer lembrança? – Como a personalidade de um ser pode existir sem a memória? Nossas lembranças estão em nosso cérebro ou na nossa alma? – Se reencarnamos sucessivamente de mundo em mundo, quando terminará essa transmigração, e para que serve? etc., etc.
Em vez de afastar as objeções ou parecer desdenhá-las, nosso dever, o dos que buscamos a verdade e não cremos obtê-la senão pelo trabalho, é, ao contrário, de as provocar e não nos deixar iludir, imaginando que nossas crenças já se tenham estabelecido e sejam inatacáveis. A Ciência marcha lentamente, progressivamente, e é sondando a profundeza dos problemas e atacando as questões de frente que aplicaremos a esses estudos filosóficos a severidade e o rigor necessários para assegurar aos nossos argumentos a solidez que lhes convém. A revelação moderna não provém da boca de um Deus encarnado, mas dos esforços da inteligência humana para o conhecimento da verdade.
Num próximo estudo procuraremos saber qual é a natureza da alma, aplicando a este exame, não os silogismos † da logomaquia † escolástica, † pelos quais se perorou † durante quinze séculos sem se chegar a nada de sério, mas os processos do método científico experimental, ao qual deve o nosso século toda a sua grandeza. Hoje estabelecemos um primeiro aspecto muito importante do problema natural (e não sobrenatural) da vida eterna: o de saber que nossa vida atual se realiza no céu, que faz parte da série de existências celestes que constituem a vida universal, e que atualmente estamos no céu de Deus e na presença do Espírito eterno, tão completamente como se habitássemos um outro astro qualquer do grande arquipélago estrelado.
Que esta certeza física inspire às nossas almas uma simpatia mais direta, mais humana para com os mundos que resplandecem na noite, e que até então olhávamos como se nos fossem estranhos! São as residências de nossas humanidades irmãs, as residências menos distantes! Olhando uma estrela que se eleva no horizonte, estamos na mesma situação de um observador que, de seu balcão, contempla as árvores de uma paisagem distante, ou que se inclina sobre o parapeito do navio ou do aeróstato para examinar um barco no mar ou uma nuvem na atmosfera; porque a Terra é uma nau celeste que vaga no espaço e olhamos ao seu redor quando nossos olhos se voltam para os outros mundos que aparecem e desaparecem seguindo o seu rastro. Sim, esses outros mundos são outras tantas terras análogas à nossa, baloiçando na amplidão sob os raios do mesmo Sol, e todas essas estrelas cintilantes são sóis ao redor dos quais gravitam planetas habitados. Em tais mundos, como no nosso, há paisagens silenciosas e solitárias. Em sua superfície também se disseminam cidades populosas e ativas. Lá também há poentes de nuvens purpurinas e deslumbrantes auroras mágicas; mares de cantos melancólicos, regatos de doces murmúrios, pequenas flores de tenras corolas, banhando na água limpada suas cabeças perfumadas. Lá também há bosques sombrios, sob os quais reside a inalterável paz da Natureza; lagos, suaves espelhos que parecem sorrir aos céus e montanhas formidáveis, que levantam seus cumes sublimes acima das nuvens carregadas de relâmpago e que, do alto dos ares tranquilos, olham tudo o que está em baixo. Mas nesses mundos variados há mais desses panoramas inenarráveis, desconhecidos na Terra, esta inimaginável variedade de coisas e de seres que a Natureza desenvolveu em profusão em seu império sem limites Quem nos revelará o espetáculo da criação sobre os anéis de Saturno? Quem nos revelará as metamorfoses maravilhosas do mundo dos cometas? Quem nos desvendará os sistemas mágicos dos sóis múltiplos e coloridos, oferecendo aos seus mundos as mais singulares variedades de estações, de dias, de luzes e de calor? Quem nos fará adivinhar a considerável variedade das formas vivas que as forças da Natureza construíram nos outros mundos, com a diversidade peculiar a cada mundo em seu volume, peso, densidade, constituição geológica e química, propriedades físicas de suas diversas substâncias, numa palavra, com a infinita variedade de que a matéria e as forças são susceptíveis? As metamorfoses da mitologia antiga não passam de um sonho, comparadas às obras universais da natureza celeste.
Hoje esboçamos a situação cosmográfica da alma em sua encarnação terrena. Nosso próximo estudo terá como objeto a natureza mesma da alma, resolvendo por si só as objeções resumidas acima. É estudando separadamente os diversos pontos do grande problema que chegaremos à solução esperada há tantos séculos.
Camille Flammarion.
[1] N. do T.: No original consta a expressão Vida Eterna, embora no sumário inserido no final do volume apareça Vida Universal. Optamos por esta última, por expressar melhor aquilo que é discutido no texto.
[2] [L’Eglise
Catholique Française de Monseigneur Chatel.]
[3] [La France mystique, tableau des excentricités religieuses de ce temps – Google books.]
[4] Servindo-me da palavra fé, não é minha intenção conservar aqui o sentido teológico sob o qual ela é empregada ainda hoje. Falo da fé científica, racional, consequência legítima do estudo filosófico do Universo.