Temos o prazer de anunciar que uma sociedade acaba de ser oficialmente autorizada em Toulouse, † sob o título de Círculo da moral espírita. Cumprimentamos os fundadores pela escolha do título, que mostra claramente o objetivo que se propuseram, ao mesmo tempo que resume perfeitamente o caráter essencial da doutrina. Se é verdade que a nobreza obriga, não o é menos dizer que o título obriga, a menos que se minta à sua bandeira. Estamos convencidos de que os membros dessa reunião saberão justificá-lo. Pela própria severidade de seu regulamento, do qual tivemos conhecimento, eles provam sua firme intenção de agir como verdadeiros espíritas.
Houve outrora em Paris uma sociedade, por muito tempo bem florescente, da moral cristã. Por que não haveria sociedades da moral espírita? Seria o melhor meio de impor silêncio aos zombadores e fazer calar as prevenções que alimentam, contra o Espiritismo, aqueles que não o conhecem. A qualidade de membro de uma sociedade que se ocupa de moral teórica e prática, é um título à estima e à confiança, mesmo para os incrédulos, porque é o equivalente ao de membro de uma sociedade de pessoas honestas, e todo espírita sincero deve ter a honra de dela fazer parte. Os gracejadores de mau gosto ousarão dizer que são sociedades de tolos, de loucos ou de imbecis?
A palavra círculo, adotada pela sociedade de Toulouse, indica que não se limita a sessões ordinárias, mas que é, além disso, um local de reuniões, onde os membros podem vir entreter-se com o objetivo especial de seus estudos.