Quando sobre o futuro incerto e flutuante,
Duvidava pra mim dessa imortalidade,
Vieste em meu socorro, e tua mão vibrante
A venda retirou-me da incredulidade;
Dize-me donde vem a doce simpatia
Que te fazia vir da celeste morada?
De uma vida passada a lembrança seria
De um fraternal amor que em teu ser dera entrada?
Caro Espírito, sim, pois que noutra existência
Fostes talvez meu guia, apoio e protetor.
Mas interrogo em vão: Deus, por providência
Dos olhos meus tirou da lembrança o vigor
Até o tempo em que a tua esfera então verei,
Onde o meu ser a ti poderá se elevar!
Mas se a esta Terra triste eu voltar deverei,
Bem-amado Bernard, pensa sempre em mim.
Srta. L. O. Lieutaud, de Rouen. |