Despertai vós, apóstolos e poetas;
Às predições do tempo daí ouvido.
Está cheio o ar do sopro dos profetas,
E o hosana é então nos ventos retinido.
Há no Sinai nuvens sem claridades;
O Etna a rugir ao horror dos fogaréus;
Porém o Eterno afasta as tempestades,
E sobre a terra enche de luz os céus.
Pois da parábola a verdade luz;
Seu brilho puro nos tocando a fronte,
De um novo dia o seu clarão traduz,
E cujos raios para a fé são fonte.
A fé, o amor, o vero sol das almas
Empresta aos mais obscuros a claridade;
E de seu disco alimenta as palmas,
Para o trabalho e para a caridade.
Vinde vós todos, mártires, aos cantos;
Abri a voz a estranhos lutadores.
Aos ventos todos, nos altos recantos,
Plantai do Cristo a humilde cruz das dores. |