A liberdade do homem é toda individual; nasceu livre, mas essa liberdade muitas vezes é a sua desgraça. Liberdade moral, liberdade física, tudo ele reuniu, mas com frequência lhe falta o discernimento, aquilo a que chamais de bom-senso. Se um homem tiver muito espírito e lhe faltar esta última qualidade, é absolutamente como se nada tivesse; pois o que faria de seu espírito, se não pudesse governá-lo, se não tivesse a inteligência necessária para saber se conduzir, se acreditasse marchar no bom caminho, quando está no lodaçal, se pensasse ter sempre razão, quando muitas vezes está errado? O discernimento pode tomar o lugar do espírito, mas este jamais substituirá aquele. É uma qualidade necessária e, quando não a temos, precisamos envidar todos os esforços para adquiri-la.
Um Espírito Familiar.