O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano III — Abril de 1860.

(Idioma francês)

DITADOS ESPONTÂNEOS.


Conselhos.

(Sociedade, 25 de novembro de 1859. – Médium: Sr. Roze.)

Outrora vos teriam crucificado, queimado, torturado. A forca foi derrubada; a fogueira, extinta; os instrumentos de tortura, destruídos, a arma terrível do ridículo, tão poderosa contra a mentira, atenuar-se-á ante a verdade; seus inimigos mais temíveis foram encerrados num círculo intransponível. Com efeito, negar a realidade de nossas manifestações seria negar a revelação, que é a base de todas as religiões; atribuí-las ao demônio, pretender que o Espírito do mal venha confirmar e desenvolver o Evangelho, exortar-vos ao bem e à prática de todas as virtudes, é simplesmente e felizmente provar que ele não existe. Todo reino dividido contra si mesmo perecerá. Restam os maus Espíritos. Jamais uma árvore boa produzirá maus frutos; jamais uma árvore má produzirá bons frutos. Nada de melhor tendes a fazer senão responder-lhes o que respondia o Cristo aos seus perseguidores, quando formularam contra ele as mesmas acusações; e, como ele, rogar a Deus que os perdoe, pois não sabem o que fazem.

O Espírito de Verdade. n


(Outra, ditada ao Sr. Roze e lida na Sociedade.)

A França conduz o estandarte do progresso e deve guiar as outras nações: assim o provam os acontecimentos passados e contemporâneos. Fostes escolhidos para serdes o espelho que deve receber e refletir a luz divina, que deve iluminar a Terra, até então mergulhada nas trevas da ignorância e da mentira. Mas se não estiverdes animados pelo amor do próximo e por um desinteresse sem limites; se o desejo de conhecer e propagar a verdade, cujas vias deveis abrir à posteridade, não for o único móvel a guiar os vossos trabalhos; se o mais leve pensamento íntimo de orgulho, egoísmo e interesse material achar lugar em vossos corações, não nos serviremos de vós senão como o artífice, que provisoriamente emprega uma ferramenta defeituosa; viremos a vós até que tenhamos encontrado ou provocado um centro mais rico do que vós em virtudes, mais simpático à falange de Espíritos que Deus enviou para revelar a verdade aos homens de boa vontade. Pensai nisto seriamente; descei aos vossos corações, sondai-lhes os mais íntimos refolhos e expulsai com energia as más paixões que nos afastam. A não ser assim retirai-vos, antes de comprometerdes os trabalhos de vossos irmãos pela vossa presença, ou a dos Espíritos que traríeis convosco.

O Espírito de Verdade.



[1] [v. Espírito de Verdade.]


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