Experimentação mediúnica
Objetivo específico: Sugerir condições de apoio ao médium psicofônico iniciante.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Paulo (1 Coríntios, 12.7)
Estas palavras do apóstolo se aplicam à prática mediúnica. Nesse sentido, esclarece Emmanuel: «[…] quem possua faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo seja detentor de qualidades mais expressivas. Trabalhe cada um com o material que lhe foi confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utilidade geral.» (6)
1. ORIENTAÇÕES AO MÉDIUM PSICOFÔNICO PRINCIPIANTE
Antes da manifestação mediúnica de Espíritos que sofrem, os benfeitores espirituais aproximam-se do médium e aplica-lhe forças magnéticas «[…] sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes de raios luminosos sobre extensa região da glote.» (1) Esta providência é necessária a fim de que o medianeiro se afaste um pouco do corpo físico e, sob amparo espiritual transmita as necessidades do Espírito comunicante. Este permanece sentado junto ao médium, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapõe, «[…] à maneira de alguém a debruçar-se numa janela.» (2)
Em relação à manifestação de Espíritos orientadores não há necessidade desta proximidade com o médium. A mensagem pode ser transmitida próxima ao médium, ou à distância, estando o benfeitor ausente da reunião, à semelhança das transmissões que ocorrem nos sistemas de radiofonia e televisão. Neste último, uma mensagem pode ser vista e ouvida ao mesmo tempo, desde que o telespectador e o emissor estejam em perfeita sintonia. (3) Similarmente, o médium capta as elevadas vibrações do amigo espiritual reconhecendo a sublimidade das forças que o envolvem, entrega-se, confiante, assimilando a corrente mental que o solicita. Transmite, assim, o comunicado-lição, automaticamente porque «[…] o amigo espiritual lhe encontra as células cerebrais e as energias nervosas quais teclas bem ajustadas de um piano harmonioso e dócil.» (4)
Buscando símbolo mais singelo, figuremos o médium como sendo uma ponte a ligar duas Esferas, entre as quais se estabeleceu aparente solução de continuidade, em virtude da diferenciação da matéria no campo vibratório. Para ser instrumento relativamente exato, é-lhe imprescindível haver aprendido a ceder, e nem todos os artífices da oficina mediúnica realizam, a breve trecho, tal aquisição, que reclama devoção à felicidade do próximo, elevada compreensão do bem coletivo, avançado espírito de concurso fraterno e de serena superioridade nos atritos com a opinião alheia. (5)
2. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA PRÁTICA MEDIÚNICA
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Repetir as orientações contidas na atividade prática 1. prece, tempo para a manifestação dos Espíritos, irradiação mental e prece de encerramento da reunião.
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Seguir, da mesma forma, as sugestões relacionadas à avaliação da prática mediúnica: constatação se os participantes estão bem; se os sofredores que manifestaram mediunicamente foram atendidos, efetivamente; se o diálogo foi eficiente; se o médium psicofônico colaborou com o Espírito comunicante e contribuiu com o bom andamento da reunião.
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Relacionar as lições que o trabalho ofereceu.
Referências Bibliográficas:
1. XAVIER, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 6 (Psicofonia consciente), p. 60-61.
2. Idem, ibidem - p. 61.
3. Idem - Capítulo 13 (Pensamento e mediunidade), p. 135-136.
4. Idem, ibidem - p. 136.
5. Idem - No mundo maior. Pelo Espírito André Luiz. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 9 (Mediunidade), p. 152.
6. Idem - Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 162 (Manifestações espirituais), p. 340.