Roteiro 29
Pluralidade dos Mundos Habitados: Civilizações Cósmicas
Objetivos:
» Conceituar exobiologia ou astrobiologia.
» Analisar de forma reflexiva as condições de vida de outros planetas, considerando as informações científicas atuais e as ideias espíritas.
IDEIAS PRINCIPAIS
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Exobiologia ou Astrobiologia, † é o ramo da Ciência que estuda a origem, a evolução, a distribuição, e o futuro da vida no Universo.
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Algumas agências aeroespaciais, como a NASA, † nos Estados Unidos, e a ESA, † na Europa, dirigem suas pesquisas para a possibilidade de vida (microbiana, vegetal, animal e humana) em outros planetas, utilizando metodologia específica, entre elas a radioastronomia.
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Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 55 — comentário.
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As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que são chamados a viver. Allan Kardec: O O Livro dos Espíritos, questão 58 — comentário.
SUBSÍDIOS
No Roteiro anterior vimos algumas teorias sobre a formação do Universo e dos corpos celestiais, a respeito das quais o Espírito André Luiz assim se expressa:
Devido à atuação desses Arquitetos Maiores [Espíritos de evolução cósmica], surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora. É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, interrelacionados, a matéria, o espaço e o tempo. a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito. Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins. A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantém-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas. cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os eletrões [elétrons] se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início. (1)
Em consequência dos avanços da cosmologia † na atualidade, há grande interesse científico pelo estudo da vida extraterrestre, denominado de Exobiologia † ou Astrobiologia, ramo da Ciência que estuda a origem, a evolução, a distribuição, e o futuro da vida no Universo.
Este campo interdisciplinar inclui a busca por ambientes habitáveis no nosso Sistema Solar e por planetas habitáveis fora do Sistema Solar, a busca por evidência de química prebiótica, † vida em Marte e em outros corpos do Sistema Solar e pesquisas em laboratório e em campo do começo da vida na Terra e em outros possíveis lugares. A astrobiologia é um campo multidisciplinar que se utiliza da física, química, astronomia, biologia, biologia molecular, ecologia, ciência planetária, geografia e geologia para investigar a possibilidade de vida em outros mundos e reconhecer biosferas que podem ser diferentes das da Terra. (2)
A exobiologia é disciplina científica, ensinada nas universidades, distinta da ufologia — que é o estudo de relatos, registros visuais, evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos objetos voadores não identificados, ou OVNIs. † A ufologia † é, em geral, realizada sem metodologia científica.
Em razão dos resultados dos estudos e pesquisas, a astrobiologia transformou-se em foco de um número crescente de missões da NASA † (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration; ou, em português, Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica, ou Agência Espacial Norte-Americana), e da Agência Espacial Europeia (AEE ou ESA † — European Space Agency): organização intergovernamental dedicada à exploração espacial, sediada em Paris, e constituída dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça. A ESA tem ainda acordos de estreita colaboração com o Canadá, a Hungria e a República Checa. (2)
Atualmente, a NASA possui um instituto astrobiológico (NASA Astrobiology Institute) † e um número crescente de universidades norte-americanas, inglesas, canadenses, irlandesas e australianas oferecem programas de graduação em astrobiologia.
Um foco particular da astrobiologia moderna é a busca pela vida em Marte, † em razão de sua proximidade espacial com a Terra e devido a sua história geológica. Existem evidências de que Marte possuía, no passado, quantidade considerável de água em sua superfície. A presença de água, em qualquer estudo realizado na Terra ou fora dela, é considerado indicador essencial para a vida. (2)
Em excelente artigo publicado pela revista Super Interessante, da editora Abril, o jornalista Pedro Burgos fornece uma síntese da atualidade científica a respeito do tema: (3)
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“Pesquisas recentes mostram que boa parte dos planetas de fora do sistema solar é a cara da Terra.”
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“Simulações de computador indicam que pode haver um planeta com características da Terra na estrela mais próxima daqui, Alpha Centauri.” † Este planeta estaria situado a 4,3 anos-luz.
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Há possibilidade de vida, segundo os cientistas, na vizinha galáxia Andrômeda, que possui um trilhão de sóis, e em outras galáxias. Neste sentido afirmou o conhecido astrônomo Carl Sagan, † já falecido: “Deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então por que nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos os afortunados [com a vida]?”
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O físico e pesquisador de Harvard, Paul Horowitz, † ensina: “Vida inteligente no Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável.”
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“As apostas de que, sim, há muita vida lá fora começam com duas certezas. Primeiro, a de que não faltam planetas fora do sistema solar. […] A segunda certeza é mais determinante: a de que dois ingredientes fundamentais para a vida, água e moléculas orgânicas [à base de carbono], são comuns no Universo.”
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Em “2007 o telescópio Hubble † detectou pela primeira vez a existência de água num planeta extrassolar, ainda que na forma de vapor. E neste ano [2008] encontrou água e moléculas orgânicas em outro.”
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Afirmação do astrônomo Marc Kuchner, † do Laboratório de Exoplanetas da NASA: “Estamos tão, tão perto de encontrar vida em outros planetas que é só uma questão de continuar procurando. Parece que é só uma questão de tempo.”
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“Enviar sondas espaciais é o melhor jeito de entender o que acontece fora da Terra. Que o diga a nave Phoenix. Ela chegou em Marte em junho [de 2008] e ainda está coletando e analisando informações do solo marciano […]; confirmou que existe água em forma de gelo no polo norte de lá.”
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“Outro alvo na busca pela vida é Europa, † uma lua de Júpiter. Ela tem uma fina atmosfera com oxigênio e, ao que tudo indica, uma surpresa embaixo de sua camada de 200 quilômetros de gelo: água líquida.”
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“Alguns desses planetas com vida podem ter apenas bactérias e animais — a própria Terra teve só isso por por mais de 90,9% do tempo [de sua existência].”
O fato concreto é que a busca pela vida extraterrestre faz parte de vários projetos científicos. Há investimentos financeiros maciços em instituições e em projetos voltados para estudos ou pesquisas exobiólogas, como o Instituto SETI que desenvolve o Projeto Fênix, nos Estados Unidos da América. A palavra SETI † é formada pelas iniciais de “Search for Extraterrestrial Inteligence” (Em busca — ou procura — de inteligência extraterrestre, em português).
Os pesquisadores do SETI investem na radioastronomia: captação de ondas sonoras transformadas em eletromagnéticas vindas do espaço. A radioastronomia † é o estudo da física dos corpos celestes, utilizando radiação com comprimentos de onda maiores que a da luz visível, a saber, as ondas de rádio. A faixa de frequências se estende desde as ondas em VLF (Very Low Frequencies — Frequência Muito Baixa), com quilômetros de comprimento de onda, às microondas, cujo tamanho das ondas estão na faixa de frações do milímetro.
Dessa forma, os estudiosos “[…] jogam as fichas na espera de receber sinais de rádio dos alienígenas. […] Não é o ideal para tentar falar com Andrômeda, † a galáxia mais próxima, já que o sinal demoraria 2 milhões de anos para fazer a viagem. Mas dá para tentar aqui pela Via Láctea”, (4) afirma Pedro Burgos, jornalista anteriormente citado. Entretanto, como o sinal de rádio viaja à velocidade da luz, pode ser detectado pelos radiotelescópios.
Contrastando com um telescópio óptico, que produz imagens a partir da luz visível, um radiotelescópio capta ondas de rádio emitidas por fontes de rádio, normalmente através de uma ou um conjunto de antenas parabólicas, de grandes dimensões.
O objetivo do Instituto Seti, com sede nos Estados Unidos, é a pesquisa e o desenvolvimento de projetos educacionais relacionados ao estudo da vida no Universo. O projeto é mantido pela NASA [Agência Espacial Norte-Americana], União Astronômica Internacional e várias instituições públicas e privadas. […] O Instituto Seti realiza pesquisa em diversas áreas do conhecimento — Astronomia, Ciências da Terra. Evolução Química, Origem da Vida, Evolução Biológica, Evolução Cultural. […] O principal projeto do Instituto Seti é o Fénix (pássaro mitológico do Egito antigo que renasce das cinzas), que se dedica â detecção e análise de ondas de rádio (na faixa de 1.000 a 3.000 MHz) vindas do espaço, procurando identificar algum sinal produzido artificialmente (por algum ser inteligente). Para isso, o projeto Fênix gasta entre quatro e cinco milhões de dólares anualmente e utiliza os maiores radiotelescópios do mundo. Os alvos são estrelas dentro de uma vizinhança relativamente grande do Sol. Todas as estrelas observadas até hoje estão a uma distância inferior a 200 anos-luz do Sol (um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano e equivale a 9,5 trilhões de Km). […]. (5)
Para o astrofísico russo Nicolai Kardashev † (1932-), a existência de vida humana fora da Terra poderia ser classificada em três tipos: as que se encontram no mesmo grau de adiantamento da Humanidade terrestre (tipo I); as que poderiam enviar sinais que percorreriam distâncias cósmicas de milhões de anos-luz e já saberiam utilizar a energia solar (tipo 2); e as terceiras, capazes de fazer viagens interestelares, seriam detentoras de superior conhecimento científico e tecnológico (tipo 3).
No caderno Ciência da Folha Online, de 30 de julho de 2010, foi publicada a seguinte reportagem: (6)
Pesquisadores identificaram rochas que podem conter fósseis de vida em Marte. A descoberta, descrita na revista “Earth and Planetary Science Letters”, foi realizada na grande e antiga rocha Nili Fossae. † As rochas têm 4 bilhões de anos, cerca de três quartos da história de Marte. Em 2008, cientistas descobriram carbonato nessas rochas, evidência de que o planeta vermelho seria habitável. Isso porque muitos organismos acabam virando carbonato quando enterrados. O mineral pode se originar de restos fossilizados de conchas ou ossos, por exemplo. Na nova pesquisa, Adrian Brown, pesquisador do Seti (Instituto para Busca de Inteligência Extraterrestre, na sigla em inglês), na Califórnia, e sua equipe usaram um equipamento de luz infravermelha a bordo da nave Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) para estudar a composição mineral da rocha em Marte. A equipe também usou a técnica para estudar rochas muito antigas encontradas no noroeste da Austrália que, acredita-se, foram habitadas por colônias de organismos primitivos durante os primórdios da Terra, formando estruturas chamadas de estromatólitos. Os cientistas descobriram que a composição da rocha terrestre, que abrigou vida, e da rocha marciana são muito semelhantes, o que sugere a possibilidade de vida ter existido em algum momento naquela região do planeta vermelho.
Em outra reportagem mais recente, realizada pela Folha Online (www.folha.com.br), de 22 de agosto de 2010, constam estas outras informações: (7)
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“Astrônomos dizem que estão prestes a encontrar planetas como a Terra orbitando outras estrelas, um passo-chave para determinar se nós estamos sozinhos no Universo.”
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“Um importante oficial da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) e outros importantes cientistas dizem que, dentro de quatro ou cinco anos, eles devem descobrir o primeiro planeta similar à Terra, onde a vida poderia se desenvolver, ou já se desenvolveu.”
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“Cientistas falam sobre estar em um “ponto especialmente incrível na História”, próximos de responder uma questão que perseguiu a Humanidade desde o início da civilização.”
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“A pergunta fundamental é: Nós estamos sozinhos? Pela primeira vez, há otimismo de que, em algum momento de nosso tempo de vida, vamos conseguir responder esta questão.” É o que diz Simon “Pete” Worden, † astrônomo que lidera o Centro de Pesquisas Ames da NASA. “Se eu fosse de apostar, e eu sou, apostaria que nós não estamos sozinhos, que há muita vida [pelo Universo]”, completa ele.
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Worden disse à Associated Press: “Eu certamente esperaria que, nos próximos quatro ou cinco anos, encontremos um planeta do tamanho da Terra em uma zona habitável.”
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“O centro de pesquisas do cientista é responsável pelo telescópio Kepler, † que está fazendo um intenso censo planetário de uma pequena parte da galáxia. Diferentemente do telescópio espacial Hubble, † que é um instrumento genérico, o Kepler é especializado em busca de planetas.”
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“Seu único instrumento é um sensor que verifica a luminosidade de mais de 100 mil estrelas ao mesmo tempo, atento a qualquer coisa que bloqueie essa luz. Isso frequentemente significa um planeta passando em frente à estrela.”
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“Qualquer planeta que pudesse suportar vida seria quase com certeza rochoso, ao invés de gasoso. E precisa estar no local certo. Planetas muito próximos de uma estrela serão muito quentes também, e aqueles muito distantes são muito frios. “Em cada lugar que procuramos, encontramos um planeta”, diz Scott Gaudi , astrônomo da Universidade de Empire State (USA). “Eles aparecem em todo tipo de ambiente, todo tipo de lugar.”
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“Os pesquisadores estão encontrando exoplanetas em uma velocidade muito grande. Nos anos de 1990, eles encontravam cerca de um par de novos planetas por ano. Mas por quase toda a última década, já se chegou a um par desses planetas por mês. E neste ano [2010], os planetas estão sendo encontrados em uma base diária, graças ao telescópio Kepler.”
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“O número de exoplanetas descobertos já passou bem dos 400. Mas nenhum deles tem os componentes certos para a vida. Isso está para mudar, dizem os especialistas. “Com o Kepler, nós temos fortes indicações de planetas menores em grande quantidade, mas eles ainda não foram verificados”, diz Geoff Marcy, † da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele é um dos “pais” da área de estudos para a caça a planetas e um cientista do telescópio Kepler.”
O Espiritismo afirma que há vida em outros mundos, teoria aceita pela maioria dos cientistas, ainda que careça de comprovação. Tal constatação pertence ao futuro, talvez não tão distante.
De qualquer forma, há várias mensagens mediúnicas relacionadas à vida em outros planetas, como as inseridas na Revista Espírita, de Allan Kardec. Apenas como ilustração, citamos dois textos publicados na Revista Espírita de março de 1858, que merecem ser lidos: Pluralidade dos Mundos (constam informações sobre a Lua, Mercúrio, Saturno); Júpiter e alguns outros Mundos.
O capítulo 3 do livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, revela como extraterrestres, oriundos de diferentes mundos da Constelação do Cocheiro, chegaram à Terra e se miscigenaram com os habitantes do planeta, impulsionando sua evolução.
Em outra obra, Cartas de uma Morta, publicada em 1930 pela Editora LAKE, Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier, relata as belezas de Saturno (páginas 59-68, 2ª edição, 1936) e fornece informações sobre o planeta Marte (páginas 155-164).
O Espírito Humberto de Campos apresenta esclarecimentos sobre o planeta Marte em seu livro Novas Mensagens.
Sendo assim, Emmanuel analisa (8)
Enquanto o homem se encaminha para a Lua, estudando-a de perto, comove-nos pensar que a Doutrina Espírita se referia á pluralidade dos mundos habitados, precisamente há mais de um século. Acresce notar, ainda, que os veneráveis orientadores da Nova Revelação, guiando o pensamento de Allan Kardec, fizeram-no escrever a sábia declaração: “Deus povoou de seres vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo final da Providência.” Sabemos hoje que moramos na Via-Láctea — galáxia comparável a imensa cidade nos domínios universais. Essa cidade possui mais de duzentos milhões de sóis, transportando consigo planetas, asteroides, cometas, meteoros, aluviões de poeira e toda uma infinidade de turbilhões energéticos. […] Mas os espelhos telescópicos do homem já conseguem assinalar a existência de milhões e milhões de outras galáxias, mais ou menos semelhantes à nossa, a se espraiarem na vastidão do Universo. Até agora, neste breve lembrete, nos reportarmos simplesmente ao campo físico observável pelos homens encarnados, atreitos, como é natural, ao raio reduzido da percepção que lhes é própria, sem nos referirmos às esferas espirituais mais complexas que rodeiam cada planeta, quanto cada sistema. Nesse critério, vamos facilmente encontrar, em todos os círculos cósmicos, os seres vivos da asserção de Kardec, embora a instrumentação do homem não os divise a todos. Eles se desenvolvem através de inimagináveis graus evolutivos, cabendo-nos reconhecer que, em aludindo à pluralidade dos mundos habitados, não se deverá olvidar a gama infinita das vibrações e os estados m5ltiplos da matéria. Temos, assim, no Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões.
ORIENTAÇÕES AO MONITOR
1. Pedir aos participantes que leiam atenta e silenciosamente este Roteiro de Estudo.
2. Em seguida, reuni-los em um círculo para analisar os conteúdos lidos. Para tanto, estimular a discussão do assunto por meio de perguntas previamente elaboradas, favorecedoras da troca de opiniões.
3. Terminada a discussão, apresentar uma síntese das ideias desenvolvidas no Roteiro.
4. Fazer o fechamento do estudo com projeção de pequenos trechos retirados das obras espíritas citadas no texto, que trazem informações sobre as condições de vida em outros planetas. (Veja sugestões, em anexo).
ANEXO
TEXTOS INDICADOS PARA O ENCERRAMENTO DA REUNIÃO
1. Saturno: sol azul, mundo sem clorofila, dia de dez horas, habitantes humanos bem mais esclarecidos, que sabem unir a ciência à fé.
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“Avistei, muito distante, como um novelo de luz, levemente azulada, o sol […]. A luz se espalhava por todas as coisas, dando-me a impressão de frescura e amenidade.” (9)
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“Uma vegetação estranha coalhava o solo branco, às vezes brilhante: a clorofila […] devia estar substituída por outro elemento, porque todas as folhagens e ramarias eram azuladas […].” (10)
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“[…] Na superfície de Saturno, o dia compõe-se de dez horas e onde as estações duram mais de sete anos consecutivos […].” (11)
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“Entre eles, a justiça e a verdade não são um mito e, há muito, a ciência está reunida à fé; não amontoam as riquezas que resplandecem do solo em que pisam, as quais somente são retiradas para ornamentação […].” (11)
2. Marte: as condições de vida e a Natureza são melhores e um tanto diferentes das existentes na Terra.
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“[…] Havíamos chegado a um belo cômoro atapetado de verdura florida. Ante os meus olhos atônitos, rasgavam-se avenidas extensas e amplas […].” (12)
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“Tive então ensejo de contemplar os habitantes do nosso vizinho, cuja organização física difere um tanto do arcabouço típico com que realizamos nossas experiências terrestres. […] Uma aura de profunda tranquilidade os envolve. É que os marcianos […] já solucionaram os problemas do meio […]. Não conhecem os fenômenos da guerra e qualquer flagelo social seria, entre eles, acontecimento inacreditável.” (13)
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“A vegetação de Marte […] sofria grandes modificações, em comparação com a da Terra. É de um colorido mais interessante e mais belo, apresentando uma expressão de tonalidade avermelhada em suas características gerais. Na atmosfera, ao longe, vagavam nuvens imensas, levemente azuladas […], que se tratavam de espessas aglomerações de vapor d’água, criadas por máquinas poderosas da ciência marciana, a fim de que sejam supridas as deficiências de líquido nas regiões mais pobres e mais afastadas do sistemas de canais que ali coloca os oceanos polares em contínua comunicação, uns com os outros.” (14)
3. Júpiter: é o planeta mais adiantado do Sistema Solar.
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“De todos os planetas, o mais adiantado sob todos os aspectos é Júpiter. É o reino exclusivo do bem e da justiça, porquanto só tem bons Espíritos. A superioridade de Júpiter não está somente no estado moral dos seus habitantes.; está também na sua constituição física.” (15)
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“A conformação do corpo é mais ou menos a mesma daqui, porém é menos material, menos denso e de uma maior leveza específica […]. Sendo mais depurada a matéria de que é formado o corpo, dispersa-se após a morte sem ser submetida à decomposição pútrida. Ali não se conhece a maioria das moléstias que nos afligem [… ]. A alimentação está em relação com essa organização etérea […], aliás a maior parte deles [dos habitantes] a haurem no meio ambiente, cujas emanações nutritivas aspiram.” (15)
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“A duração da vida é, proporcionalmente, muito maior que na Terra; a média equivale a cerca de cinco dos nossos séculos; o desenvolvimento é também muito rápido e a infância dura apenas alguns meses.” (15)
REFERÊNCIAS
1. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Primeira parte, Capítulo 1, p. 23.
2. Exobiologia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Exobiologia
3. BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Revista Super Interessante . São Paulo: Abril Cultural. Edição 255, agosto de 2008, p. 62-71.
4. Idem: p. 69.
5. INSTITUTO SETTI - Art. dos professores Renato Las Casas e Divina Mourão (01/11/1998). Disponível em: http://www.observatorio.ufmg.br/pas05.htm
6. FOLHA COM. Composição de rocha sugere vestígio de vida em Marte. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/775137-composicao-de-rocha-sugere-vestigio-de-vida-em-marte.shtml
7. FOLHA ONLINE. Caderno Ciência. Astrônomos dizem que planetas habitáveis devem ser encontrados em até 5 anos. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u676607.shtml
8. XAVIER, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos. Pelo espírito Emmanuel. 21. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo 78. Pluralidade dos mundos habitados, p. 301-304.
9. XAVIER, Francisco Cândido. Cartas de uma morta. Pelo Espírito Maria João de Deus. 14. ed. São Paulo: LAKE, 2002. Capítulo 51, p. 79.
10. Idem: Capítulo 52, p. 80.
11.1 Idem: Capítulo 54, p. 82.
11.2 Idem: Capítulo 54, p. 82.
12. Idem: Novas mensagens. Pelo Espírito Humberto de Campos. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009, p. 60.
13. Idem ibidem: p. 61.
14. Idem ibidem: p. 62.
15. KARDEC, Allan. Revista espírita. Ano primeiro - 1858. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Março, nº 2, p. 117.