Roteiro 1
As bem-aventuranças
Objetivo: Explicar as bem-aventuranças à luz do entendimento espírita.
IDEIAS PRINCIPAIS
-
As bem-aventuranças fazem parte dos ensinamentos proferidos por Jesus no Sermão do Monte.
Tais ensinos, de uma beleza sem par e de uma profundidade que abarca todas as lições evangélicas, têm as características da prática da vida, com sabor pessoal para cada um de nós, desde que entendidos em sua alta significação espiritual. A interpretação não deve ser literal, porque “a letra mata, mas o espírito vivifica” […]. Assim, “pobres de espírito”; “terra”; “mansos”; “Reino dos céus”; “justiça” e tantas outras expressões não devem ser entendidas na sua acepção literal hodierna, porque perderam seu primitivo sentido, pelo decurso dos séculos e em função das traduções imperfeitas. Juvanir Borges de Souza: Tempo de renovação. Capítulo 43, p. 322-323.
SUBSÍDIOS
1. Texto Evangélico
-
Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, por que deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, por que eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Mateus 5.1-12.
As “bem-aventuranças” constituem um extraordinário cântico de amor e de compaixão dirigido, em especial, aos sofredores, oferecendo-lhes a esperança de dias melhores. Neste contexto, o espírita e todas as pessoas que já exercitam “os olhos de ver”, encontram nelas uma rota de redenção espiritual.
A multidão a quem Jesus se dirige são os cansados e os oprimidos pelo peso das provações que, esperançosos, aguardam o momento de melhoria evolutiva com o Cristo.
Considerando o texto evangélico, registra o Irmão X:
Difundidas as primeiras claridades da Boa Nova, todos os enfermos e derrotados da sorte, habitantes de Corazim, Magdala, Betsaida, Dalmanuta e outras aldeias importantes do lago enchiam as ruas de Cafarnaum em turbas ansiosas. Os discípulos eram os mais visados pela multidão, por motivo do permanente contato em que viviam com o seu Mestre. […] Todos queriam o auxílio de Jesus, o benefício imediato da sua poderosa virtude. (6)
Para esses Espíritos, saturados de sofrimento, quanto para nós, aplicam-se os esclarecimentos que Jesus transmitiu a Levi:
Precisamos amar e aceitar a preciosa colaboração dos vencidos do mundo!… Se o Evangelho é a Boa Nova, como não há de ser a mensagem divina para eles, tristes e deserdados na imensa família humana? Os vencedores da Terra não necessitam de boas notícias. Nas derrotas da sorte, as criaturas ouvem mais alto a voz de Deus […]. Quem governa o mundo é Deus. […] e o amor não age com inquietação. (7)
Mais adiante, continua Jesus em suas elucidações ao apóstolo:
Até que a esponja do Tempo absorva as imperfeições terrestres, através de séculos de experiência necessária, os triunfadores do mundo são pobres seres que caminham por entre tenebrosos abismos. É imprescindível, pois, atentemos na alma branda e humilde dos vencidos. Para os seus corações Deus carreia bênçãos de infinita bondade. Esses quebraram os elos mais fortes que os acorrentavam às ilusões e marcham para o Infinito do amor e da sabedoria. O leito de dor, a exclusão de todas as facilidades da vida, a incompreensão dos mais amados, as chagas e as cicatrizes do espírito são luzes que Deus acende na noite sombria das criaturas. Levi, é necessário amemos intensamente os desafortunados do mundo. Suas almas são a terra fecundada pelo adubo das lágrimas e das esperanças mais ardentes, onde as sementes do Evangelho desabrocharão para a luz da vida. (8)
2. Interpretação do texto evangélico
-
Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaramse dele os discípulos (Mt 5.1).
Quem, efetivamente, deseja ajudar necessita “elevar-se”. Elevação que define segurança, autoridade, sem perda da humildade. A subida ao monte indica esforço, capacitação, saber colocar-se acima, isto é, com humildade e adequação, em nível de entendimento dos que necessitam de auxílio e de esclarecimentos.
No ato de “assentar-se”, o Mestre promove o necessário ajuste vibracional para que ocorra uma melhor e efetiva possibilidade de atender à grande massa que se eleva, pelos fios da fé e da esperança, estabelecendo-se, então, vigoroso processo de sintonia.
Vemos na frase: “aproximaram-se os discípulos”, a capacidade de saber valer-se das boas oportunidades, oferecidas pelas circunstâncias, em razão da misericórdia divina. É no campo fértil das ocorrências diárias que se manifestam as bênçãos do Criador em favor das criaturas, canalizando recursos de aprendizagem, necessários ao trabalho de crescimento espiritual. O aprendizado dos discípulos foi veiculado por Jesus que, aproveitando as circunstâncias, os orientou com sabedoria.
A boca, além da função ligada à ingestão de alimentos e ao início do processo digestivo, é o instrumento de manifestação da palavra. Neste sentido, os ensinos de Jesus derramavam amor e profundas vibrações de consolação à multidão, além de estimularem valiosas induções ao estudo e ao trabalho naqueles que se mantinham sintonizados com as suas orientações. O esclarecimento emoldurado pelo carinho, pelo envolvimento afetivo de Jesus, tocava a quantos já se achavam predispostos às mudanças, empenhados na própria melhoria espiritual.
Vemos, assim, que a fala é o mais importante veículo de comunicação educativa deque dispomos. Com a fala denegrimos, caluniamos, ironizamos, amaldiçoamos, abençoamos ou ensinamos, educamos…
A palavra ilumina, convence, edifica, converte. Ela penetra o recesso das consciências, sonda o abismo dos corações. Não há poder que a detenha, não há força que a neutralize: basta que seja a expressão da verdade. (5)
Bem-aventurados é uma expressão de Jesus que significa “os felizes”, sob o aspecto espiritual. Do ponto de vista material, porém, está mais relacionada às pessoas que possuem bens, poder ou posição de destaque na sociedade.
Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.
Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem. […]
Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre de espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais. (2)
A expressão “reino dos céus” merece maiores esclarecimentos.
Durante muito tempo, o vocábulo “céu” foi entendido como um lugar circunscrito. Esta concepção é ainda alimentada por muitos, que costumam delimitá-lo, como regiões superiores dos planos espirituais. “Céus” (no plural ou singular) sugere a ideia de plano mais elevado. As faixas inferiores (“inferno”), por sua vez, são os campos vibracionais trevosos, infelizes.
Podemos nos ligar às vibrações superiores quando nosso Espírito se vincula aos componentes da paz e da segurança, no alicerce da humildade operante. Compreendemos, então, que “céu” ou “inferno” são estados de alma, resultantes da harmonia ou dos desequilíbrios íntimos.
Operar nos “céus” significa educar-se, renovar-se, desenvolvendo a capacidade de elevar-se, de forma que o estado de bem-aventurança se torne uma realidade.
A marginalização era, a época de Jesus, vala comum na comunidade dos pobres e desvalidos. A austeridade da lei moisaica cede lugar à misericórdia, sufocada pela intolerância político-religiosa.
Os que choram são considerados bem-aventurados porque as lágrimas que derramam funcionam como uma catarse, jamais como manifestação de desespero. Neste sentido esclarece Emmanuel:
Podemos classificar o sofrimento do Espírito como a dor-realidade e o tormento físico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão. Em verdade, toda dor física colima o despertar da alma para os seus grandiosos deveres, seja como expressão expiatória, como consequência dos abusos humanos, ou como advertência da natureza material ao dono de um organismo. Mas, toda dor física é um fenômeno, enquanto que a dor moral é essência. Daí a razão por que a primeira vem e passa, ainda que se faça acompanhar das transições de morte dos órgãos materiais, e só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeiçoamento e da redenção. (8)
A consolação, referida pelo texto evangélico, é mais do que uma palavra, atitude de reconforto ou simples balsamização. Representa uma oportunidade de trabalho em benefício dos que sofrem por promover a vivência da caridade.
A inteligência e a lucidez da mensagem do Evangelho não pretendem apontar os mansos como passivos ou apáticos. Os mansos são aqueles que têm aberto o coração às claridades espirituais. São os que atendem aos chamamentos da mansuetude, no trabalho incessante do bem. São pessoas que abrem mão de padrões personalístico em favor da doação de valores que, por certo, agasalharão os filhos do calvário, ao influxo da verdadeira solidariedade.
Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. (3)
A promessa de que os mansos herdarão a terra, tem expressivas conotações, já que herança é receber algo por sucessão.
A Humanidade da Terra recebe, como legado da Bondade Superior, a vivência no orbe para desfrutar dos seus benefícios materiais e espirituais. A marcha evolutiva revela que, por força do aprendizado espiritual, quanto mais a pessoa compreende, menos quer, menos possui e mais desfruta da vida: são os altruístas e os desprendidos que confiam nas promessas do Cristo.
O legado do Cristo é a mensagem de amor, consubstanciada no seu Evangelho. Desta forma, torna-se necessário, para sermos felizes, seguir as suas orientações como um roteiro de vida.
A lei de causa e efeito concede, aos que não conseguem ajustar-se ao bem, angústias, dores e frustrações. Neste sentido, os que têm fome e sede de justiça surgem no cenário reencarnatório como os antigos infratores da lei de Deus. Equivocados nas suas experiências passadas, renascem oprimidos, cansados, famintos e sedentos da justiça divina a fim de que possam reajustar sua caminhada evolutiva.
Esclarece Allan Kardec, a propósito:
A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, consequentemente, a sua felicidade futura.
Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal. Põe-se então o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!” Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitara experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro. (1)
O brado dos famintos e sedentos de justiça dimana do anseio por uma vida feliz, embora, nem sempre sejam merecedores do atendimento ao que almejam. É por este fio de esperança, no entendimento e equacionamento das causas de seus sofrimentos, pela adesão ao esforço de melhoria interior, que eles acabarão por alcançar a condição de fartos.
Ser misericordioso é proposta abençoada para quantos, identificados com o imperativo da colaboração e da caridade, são convocados a aplicá-la no seu dia a dia. Os Espíritos Superiores nos esclarecem:
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. (4)
Sendo assim, a capacidade para amar e operar no bem está na base de todo o sistema de elevação para Deus.
O Irmão X (Humberto de Campos) nos informa o que é ser misericordioso:
Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxilio fraterno a todos, porque no dia de visitação da luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem. (10)
Se somos carentes de misericórdia, precisamos, para recebê-la, exercê-la com parentes, amigos e inimigos, superiores e subalternos, porque “é dando que se recebe”, ou seja, o que oferecemos à vida, a vida nos restitui. Praticando o perdão, experimentamos o consolo de sermos perdoados. Situados como devedores perante a Lei, a misericórdia por nós operada voltará em nosso benefício, atenuando, por sua vez, os nossos débitos.
Os limpos de coração são os que não possuem manchas morais, são os puros. O esforço de purificação, desenvolvido ao longo das reencarnações, é o objetivo essencial daqueles que se encontram conscientes da necessidade de aperfeiçoamento espiritual. Uma superfície limpa é capaz de refletir a luz. Quanto mais límpida mais nítido é o reflexo. Da mesma forma, um coração puro reflete a luz divina.
A má utilização do livre-arbítrio nos macula, fazendo com que gravitemos ao redor de Espíritos impuros, em razão da lei de afinidade. Pela assepsia de pensamentos como pela seleção de atitudes, nos tornamos pessoas melhores.
Um coração limpo é, no dizer evangélico, o sentimento destituído de maldade, capaz de perceber, sentir e operar no bem pela prática da caridade. Para tanto, é importante se ajustar aos princípios evangélicos e espíritas, incorporando-os como regra de conduta. Um coração limpo reflete, sempre, a grandeza e a bondade do Criador.
Em síntese:
Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situaç6es e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos. (10)
Há uma diferença fundamental entre “pacífico” e “pacificador”. Pacífico é um amigo da paz. Pacificador é aquele que, além de pacífico, trabalha, age, em favor da paz. O pacífico, às vezes, pode ser passivo. O pacificador, necessariamente, tem que ser ativo, atuante.
Jesus, aceitando, por amor, a cruz do calvário, revelou-se pacífico. Perdoando os algozes, os agentes da crucificação, tornou-se pacificador.
Sabemos que Deus é Pai de todos nós, mas, por orgulho ou amor próprio, nem sempre o homem reconhece a paternidade divina. À medida, porém, que se estreitam os laços entre a criatura e o Criador, passamos a nos ver como irmãos. Tomamos consciência, assim, da posição de “filho de Deus”. A pessoa que trabalha na redução de dificuldades e de discórdias, produz paz e entendimento entre os homens. Reflete o pensamento divino, no campo em que está posicionado, agindo como verdadeiro filho, ao honrar, com todos os méritos, o Pai de bondade e misericórdia.
O trabalho de pacificação deve ser inspirado num profundo amor aos semelhantes, livre de amarras do sentimentalismo, desenvolvido por uma mentalidade esclarecida e equilibrada, que só se manifesta plenamente quando alicerçada na paz.
Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus. (10)
Em nosso mundo, raramente acatamos o código de justiça trazido por Jesus, ilustrado com os próprios exemplos. O discípulo fiel, porém, deve insistir na vivência do Evangelho, ainda que sob o peso de sacrifícios.
Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior. (10)
ANEXO
ORIENTAÇÕES AO MONITOR: Complementar o estudo das bem-aventuranças com os esclarecimentos existentes em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulos 5, 7 a 10. Utilizar, também, como recurso didático, o texto do Irmão X, intitulado Versão moderna, existente no livro Cartas e crônicas, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 39, p. 175-177, edição FEB.
Referências:
1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 5, item 5, p. 100.
2. Idem - Capítulo 7, item 2, p. 133-134.
3. Idem - Capítulo 9, item 4, p. 161.
4. Idem - Capítulo 10, item 4, p. 170.
5. VINICIUS. Em torno do mestre. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Segunda parte, item: A palavra, p. 295.
6. XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 35. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 11 (O sermão do monte), p. 74.
7. Idem, ibidem - p. 76.
8. Idem, ibidem - p. 77-78.
9. Idem - O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Questão 239, p. 144.
10. Idem - Relicário de luz. Por diversos Espíritos. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 27. Versão moderna (mensagem do Irmão X), p. 62.