O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão | Estudos Espíritas

Índice |  Princípio  | Continuar

EADE — Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita — Religião à luz do Espiritismo

TOMO II — ENSINOS E PARÁBOLAS DE JESUS — PARTE I
Módulo I — Metodologia para o estudo do Evangelho à luz da Doutrina Espírita

Roteiro 2


As três revelações divinas: Moisés, Jesus e Kardec


 

Objetivos: Citar as três revelações divinas, destacando as suas principais características. — Indicar os três aspectos da Revelação Espírita.



IDEIAS PRINCIPAIS

  • Até agora, a Humanidade da era cristã recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais: Moisés trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor, e o Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade. Emmanuel: O consolador, questão 271.

  • Podemos tomar o Espiritismo, simbolizando […] como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. Emmanuel: O consolador. Definição, p. 19.



 

SUBSÍDIOS


1. As revelações divinas


Examinando a presença de Jesus no processo evolutivo da Humanidade, recordemos as esclarecedoras informações do benfeitor Emmanuel:


Até agora, a Humanidade da era cristã recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais: Moisés trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor, e o Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade. No centro das três revelações encontra-se Jesus Cristo, como o fundamento de toda luz e de toda sabedoria. É que, com o Amor, a Lei manifestou-se na Terra no seu esplendor máximo; a Justiça e a Verdade nada mais são que os instrumentos divinos de sua exteriorização, […]. A Justiça, portanto, lhe aplainou os caminhos, e a Verdade, conseguintemente, esclarece os seus divinos ensinamentos. Eis porque, com o Espiritismo simbolizando a Terceira Revelação da Lei, o homem terreno se prepara, aguardando as sublimadas realizações do seu futuro espiritual, nos milênios porvindouros. (2)

 

Cada Revelação representa uma síntese dos ensinamentos espirituais necessários ao aprimoramento da Humanidade.


O Velho Testamento é a revelação da Lei. O Novo é a revelação do amor. O primeiro consubstancia as elevadas experiências dos homens de Deus que procuravam a visão verdadeira do Pai e de sua Casa de infinitas maravilhas. O segundo representa a mensagem de Deus a todos os que O buscam no caminho do mundo. (3)


Esclarece André Luiz que:


Moisés instalara o princípio da Justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro. Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus. (4)

 

Detectada a maturidade espiritual da Humanidade terrestre, novas luzes chegam ao campo terrestre, marcando o advento da terceira revelação divina: a Doutrina Espírita. Caberia a Allan Kardec, o seu codificador, a laboriosa e abençoada tarefa de reunir as verdades anteriormente reveladas para, então, estruturar o corpo doutrinário do Espiritismo, sob a assistência desvelada dos trabalhadores da seara de Jesus.


2. O tríplice aspecto da Doutrina Espírita


Elegendo a fé raciocinada como fator básico de evolução, a Doutrina Espírita se expressa no tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, proporcionando-nos segura orientação e clareando-nos a mente no rumo das legítimas conquistas espirituais.

Assevera Emmanuel:


Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual. (1)


3. Obras básicas e subsidiárias da Codificação Espírita


Os livros da Codificação Kardequiana, aos quais se acrescenta obras subsidiárias, devidamente selecionadas, são os instrumentos de que se serve o aprendiz na tarefa interpretativa da mensagem de Jesus. Por esta razão, terá que se dedicar com afinco a esse estudo, abrindo novas perspectivas quanto aos seus objetivos de aprendizado.

As obras da Codificação Espírita, traduzidas e publicadas pela Federação Espírita Brasileira — FEB são:

  • O Livro dos Espíritos. 1ª edição: 1857.

  • O Livro dos médiuns. 1ª edição: 1861.

  • O Evangelho segundo o Espiritismo. 1ª edição: 1864. Obs.: A tradução da FEB é a da 3ª edição francesa, de 1866, revista e corrigida por Kardec.

  • O céu e o inferno. 1ª Edição: 1865.

  • A gênese. 1ª edição: 1868.


    Além dessas obras, que formam o núcleo básico da Codificação, Allan Kardec escreveu outras obras, também publicadas pela FEB:


  • Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos. 12 exemplares anuais, publicados no período de 1858 a 1869.

  • Instrução prática sobre as manifestações espíritas. 1ª edição: 1858.

  • O que é o Espiritismo. 1ª edição: 1859.

  • O Espiritismo na sua expressão mais simples. 1ª edição: 1862.

  • Viagem espírita de 1862. 1ª edição: 1862.

  • Obras póstumas. 1ª edição: 1890.



ORIENTAÇÕES AO MONITOR: Destacar as principais características das três revelações. Analisar o tríplice aspecto da Revelação Espírita.



Referências:

1. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Definição, p. 19-20.

2. Idem - Terceira parte, Capítulo 1, questão 271, p. 162.

3. Id. - Coletânea do além. Por diversos Espíritos. 3. ed. São Paulo: FEESP, 2001. Item: O velho e o novo testamento, p. 99.

4. XAVIER, Francisco Cândido & VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Primeira parte, Capítulo 20, p. 206.


Abrir