Alexandre, [defendendo homens].
Alexandre o Grande, rei da Macedônia, que sucedeu a seu pai Filipe (1 Mac. 1. 1). Começou a reinar 336 A. C. Depois de extinguir perturbações internas, ele cruzou o Helesponto para atacar os persas, a quem ele encontrou e derrotou em Granico, e outra vez em Issus no canto nordestino do Mar mediterrâneo. Depois da batalha de Issus, Alexandre tomou Damasco, que encerrava grandes tesouros, e Sidon, e assediou Tiro. Daí enviou emissários ao sumo sacerdote judeu Jádua, exigindo sua sujeição e estoques para o seu exército. Jádua recusou pretextando estar sujeito ao rei persa. Irritado por esta resposta, Alexandre partiu pessoalmente para Jerusalém depois da tomada de Tiro. De acordo com Josefo, os judeus ficaram aterrorizados com sua aproximação, mas Jádua abriu os portões e foi em vestes sacerdotais encontrar o conquistador, que caiu a seus pés em adoração ao Deus que Jádua representava, explicando que antes dele partir da Macedônia tinha visto num sonho a Deidade no traje deste sumo sacerdote, e tinha sido prometida vitória sobre a Pérsia. Concedeu aos judeus muitos privilégios especiais (Antig. 11. 8, 5). Da Palestina ele foi ao Egito, onde fundou Alexandria; ele então retornou pela Palestina a Pérsia, onde derrotou Dario, o rei persa. Depois de várias conquistas ele morreu na Babilônia em 323 A. C., com 33 anos de idade. Depois de sua morte, seus generais fizeram alguns esforços em manter o império para seu filho menor, instalando sua viúva e irmão como regentes, mas dissensões logo surgiram entre os generais. Todos os membros da família de Alexandre foram afastados do poder e os generais governantes foram reduzidos de sete a quatro; estes quatro então assumiram o título de reis, e fundaram quatro realezas: Ptolomeu no Egito; Seleuco, na Síria; Antipater na Macedônia e Filetero, na Ásia Menor. Na primeira divisão do império de Alexandre, antes da redução final a quatro reinos, a Síria e a Palestina formaram uma satrapia independente sob Laomedon, mas eles logo foram anexados ao Egito por Ptolomeu Lago. Esta rica província era desejada também por outros, e esteve duas vezes tomada por Antígono, um dos generais de Alexandre, que então havia dominado grande parte da Ásia Menor, mas na partilha final do império em quatro reinos depois da batalha de Issus passou para as mãos egípcias, permanecendo desse tempo, 320 A. C., até 203 A. C., quando então tornou-se parte do reino sírio de Antíoco o Grande. — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis) © †